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XII BIENAL: A vida de Zé Tarcísio, um artista que superou os desafios

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Centro de Eventos do Ceará é palco para palestras de novos nomes da literatura cearense

Zé Tarcísio fala sobre a carreira em uma palestra com Bosco Lisboa, na Bienal do Livro (Foto: Jessica Lopes)

A XII Bienal Internacional do Livro do Ceará está sendo palco, neste período de 14 a 23 de abril, de momentos marcantes para a cultura. Vários convidados ministraram palestras contando ao público, com muito estudantes e admiradores da literatura, um pouco da trajetória de cada um deles.

Um dos convidados foi Zé Tarcísio, um cearense ‘arretado’ que, aos 19 anos, foi buscar oportunidades no Rio de Janeiro. Mesmo sem conhecer ninguém, fez da nova cidade sua morada. O que ele afirma ter feito muito bem para o início da carreira. “Ver as dificuldades me fez bem. Passei a dar mais valor ao que conquistava”, afirmou. Na Bienal, o artista participou da programação do Café Literário, com mediação do também artista plástico Bosco Lisboa.

No Rio, participou do 1° Salão da Arte Moderna, em 1966. Em seguida, seu trabalho despertou a atenção na Editora Boninho, onde ficou por 27 anos. Após a indicação de Walmir Ayala, Zé ganhou o prêmio da VII Bienal de Paris, em 1971. De forma modesta, ele ressalta que na época não havia prêmio e sim distinções.

Quando perguntado sobre a volta para a cidade natal, disse que “foi um caso de amor. Minhas mães adotivas estavam partindo, eu tinha que agradecer.” Desde muito novo foi adotado por uma família de mulheres indígenas. Começou a fazer desenhos nas paredes com uma pedra e foi onde descobriu seu amor pelo desenho, o que para ele é considerado a base, a arte mais forte.

Após a palestra Zé tirou fotos com estudantes e admiradores que estavam no evento (Foto: Jessica Lopes)

Aos 76 anos, Zé diz que precisa continuar. “A idade não irá me parar, ainda preciso de algumas conquistas”. Apesar de já ter experimentado as mais diferentes nuances artísticas, revelou que nunca participou de uma grande exposição, o que será seu novo desafio e que marcará os 56 anos de carreira do artista.

A grande exposição está prevista para acontecer nos meses de julho e agosto de 2017, no Centro Cultural Dragão do Mar. Outro desafio que também está por vir é a publicação do seu primeiro livro, em parceria com a Editora Pinochet, que irá retratar a sua biografia. O livro ainda não tem data certa para ser lançado, mas está previsto para o final deste ano.

 

Jessica Lopes
2º semestre

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