XII BIENAL: No Dia do Índio, valorização e a celebração da cultura indígena
A história e a identidade do Ceará são marcadas por um intenso processo de lutas e resistências dos índios, mas também por manterem suas tradições
Uma das convidadas para a XII Bienal Internacional do Livro do Ceará, a escritora cearense Fabiana Guimarães não teria data melhor para narrar histórias de alguns dos seus livros, exatamente na quarta-feira, 19, nas comemorações do Dia do Índio.
Uma das suas histórias, da menina vagalume, foi contada por Eloísa Oliveira. E junto com elas na mesma sala, o escritor cearense Henrique Dídimo, que também contou histórias indígenas e costumes “como dormir de rede, a tapioca que são tradições indígenas”.
As palestras aconteceram na sala 3, mezanino 1, com abordagem para a importância e a valorização do índio. Aliás, índios da tribo Jenipapo-Canindé estavam presentes na palestra.
Uma impressão positiva a Bienal já deu: a participação maior de jovens, principalmente estudantes. É o caso de Douglas Castro, 19. “Vim com a minha escola este ano. A maioria dos meus colegas já pintou o rosto com o pajé Benício e estão gostando de tudo”. Quando perguntado o que achou da palestra, respondeu que foi “incrível poder ver os índios de perto. “Vê-los dançar e cantar suas músicas é muito produtivo e que valoriza a cultura indígena. Espero que continue assim”, concluiu ele.
O público presente pode ver as obras que pajé Benício fez no rosto dos alunos. Eles formaram uma fila para ter seus rostos pintados pelo pajé.
A roda de palestras se encerrou com os índios da tribo Jenipapo-Canindé. Eles apresentaram a dança Toré, em uma grande roda, cantando e tocando instrumentos indígenas. O público foi convidado a participar e entrou na roda da dança juntos com eles.
Joana Kelly
2º semestre