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UNI7/ELEIÇÕES 2018: Debate ao senado movimenta a Semana do Curso de Direito

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Sem a presença dos que lideram as pesquisas de intenção de votos ao poder legislativo, demais candidatos realizam debate amigável

A discussão permeou temas polêmicos onde os candidatos presentes explanaram ideias e propostas seguidas de manifestações da plateia que lotou o Teatro Nila Gomes de Soárez. O tratamento cordial entre os candidatos, algo que destoa no atual cenário político brasileiro, norteou o debate pioneiro para o poder legislativo, organizado pelo Curso de Direito do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7), na quinta-feira, 20.

João Saraiva (Rede), Pastor Simões (PSOL), Eduardo Girão (Pros), e Robert Burns (PTC) compareceram ao evento. A candidata Anna Karina (PSOL) também esteve presente, no entanto, permaneceu apenas até as considerações iniciais por conta de uma viagem de campanha ao Município de Tamboril.

Cid Gomes (PDT), Eunício Oliveira (MDB) que, segundo pesquisa, lideram as intenções de votos, e Mayra Pinheiro (PSDB) não compareceram ao debate, mas justificaram suas ausências. Os candidatos Pastor Pedro Ribeiro (PSL), Dr. Márcio Pinheiro (PSL), Alexandre Barroso (PCO) também não compareceram e não apresentaram justificativas.

Composto por quatro blocos onde os postulantes ao cargo se apresentaram, fizeram perguntas entre si e responderam perguntas realizadas pela plateia.

Aborto
Um dos temas abordados nas discussões foi o aborto. O primeiro a falar da questão que divide opiniões foi Eduardo Girão, o candidato que se alto-intitula um defensor da vida desde sua concepção, perguntou a Robert Burns sua posição em relação ao tema. Burns defendeu a realização de um plebiscito para que “a nação vá à urna e diga se quer ou não, e acabe de vez com a discussão”.

Girão ilustrou sua réplica usando um boneco que, segundo o candidato, é de um feto de 11 semanas de gestação. ”Não é apenas a vida desta criança que é destruída com o aborto. Acredito que o Estado precisa definir. A saúde da mulher fica comprometida com problemas psicológicos, mentais e até físicos para o resto da vida”.

Mais à frente a questão voltou ao centro do debate por meio de uma pergunta lançada ao candidato do PSOL, Pastor Simões, que se mostrou agraciado pela pergunta. Simões disse ser esta uma questão que sempre o questionam por conta de sua afirmação de fé. O religioso afirmou que não é a favor do aborto e que não conhecia ninguém que fosse a favor.

Ressaltou ainda que o peso da responsabilidade e a criminalização pelo ato, sempre é jogada sobre as mulheres e que o papel do homem também precisa ser discutido. “Precisamos discutir o aborto mais amplamente. E garantir o direito daquelas mulheres que decidirem por abortar, que elas precisem fazer isso sem serem criminalizadas. E o Estado precisa garantir também um programa que acompanhe aquelas mulheres que decidem por não abortar”, esclareceu o candidato, sobre sua posição em relação ao assunto.

Preconceito bairrista

Um registro isolado destoou no evento: uma manifestação de parte do público durante a fala inicial do pastor Simões que, ao dizer o nome do bairro de nascimento e residência, ouviu ecoar da plateia vozes que diziam “xiii” expressão que denota desagrado. O candidato, de imediato, retrucou os dizeres dignificando sua origem. “Xiii não! O Bom Jardim é um lugar de gente seria trabalhadora honesta“, exclamou Simões, que recebeu apoio da maioria da plateia com palmas.

Análises sobre o debate
Organizador e mediador do encontro, professor Felipe Barroso ressaltou os dez anos em que o curso de Direito da UNI7 vem se dedicando a realizar os debates com candidatos aos mais diferentes cargos públicos e, pela primeira vez, ao poder legislativo. Barroso falou das ausências. “Algumas já eram esperadas, e lamento que os nossos atuais representantes e os que querem ser representantes deixem de vir para um momento tão rico, tão participativo. Só me resta lamentar”.

O professor destaca também que o evento é uma demonstração do Centro Universitário 7 de Setembro ter a liberdade de se inserir nesse momento político e oferecer à comunidade acadêmica essa oportunidade.

A estudante de Jornalismo, Lanara Pinheiro, da UNI7 expressou que o debate “foi uma experiência única” e que foi democrático por terem convidado a todos os candidatos. Fabio Pinheiro, que também é estudante de Jornalismo da UNI7, ressaltou a importância da realização do debate na instituição. “O ambiente acadêmico é um espaço democrático e formador de opinião. A discussão de temas sociais em debate político enriquece ainda mais o cenário eleitoral e contribui diretamente na compreensão nossa, alunos, quanto à necessidade de engajamento e apropriação das questões sociais”, pontuou.

Ao terminar o debate, os candidatos realizaram suas considerações finais reafirmando suas propostas e estabelecendo compromissos. No encerramento, os candidatos se confraternizaram reafirmando o espírito amigável que regeu todo o debate.

TEXTO: Eli Naftali (5º semestre – Jornalismo/UNI7)
FOTOS: Matheus Abrahão (3º semestre – Jornalismo/UNI7)

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