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TV ASSEMBLEIA: Uma emissora que produz jornalístico legislativo

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Profissionais da emissora do parlamento cearense dão dicas de como se dá a produção desse tipo de conteúdo

Texto Janaína e Jeane - CAR_9071Há dez anos, a TV Assembleia – mantida pela Assembleia Legislativa de Caucaia – tem veiculado notícias referentes ao legislativo tanto no âmbito interno da casa, quanto do público externo. Ela segue um crivo que prioriza matérias que são de interesse da maior parte da população e que se enquadra dentro de três principais aspectos: parlamento, serviço e cultura. A repórter Mirelle Costa, a chefe de redação Suely Frota e o coordenador Leonardo Borba justificam a busca por estes elementos jornalísticos, mostrando qual o foco da TV e do jornalismo legislativo.

A partir da principal finalidade do veículo, são realizadas coberturas de todas as sessões do plenário e audiências públicas, sem favorecer a imagem de nenhum político, como afirma Mirelle. Um aspecto altamente considerado no jornalismo legislativo é exatamente este: a imparcialidade. “Na apuração nos preocupamos em ouvir sempre os dois lados, a favor e o de oposição, e deixar para que o telespectador tenha seu próprio discernimento fora de politicagens”, revela Mirelle.

Devido à exposição aberta ao público por meio da TV Assembleia, após seu surgimento com concessão estatal desde 2006, alterações são percebidas no comportamento dos políticos que estão diariamente envolvidos nas atividades da casa.

A chefe de redação, Suely Frota, ressalta que essas mudanças são perceptíveis e vão desde o modo de se vestir, até os próprios discursos em sessões. Pouco também são as resistências em conceder entrevistas. Para Suely, os parlamentares começaram a perceber a visibilidade que tinham e a encarar isso como uma oportunidade de atingir de alguma forma o seu público eleitor.

Ao serem questionados sobre os polêmicos “mimos” que por vezes políticos oferecem a jornalistas, em troca de visibilidade na mídia, os entrevistados afirmam em unanimidade que este é um fato que não ocorre no meio legislativo.

Entre os motivos para isso, segundo a chefe de redação, estão a maneira como o jornalismo legislativo da TV Assembleia irá abordar determinada matéria, que difere dos demais veículos, além dos parlamentares considerarem esta mídia como sua propriedade. Algo comum, que não os darão grandes oportunidades de propaganda ou merchandising.

Desta maneira, o assédio por espaço é praticamente inexistente comparado à imprensa comercial, logo que, como todos os entrevistados afirmam, o espaço é dado de igual modo a todos e a quantidade de exposição depende da ativa atuação do político no plenário.

O coordenador da TV Assembleia, Leonardo Borba, opina dizendo que apesar do tipo de trabalho que a emissora exerce de comprometimento com o público, em transmitir aquilo que acontece no âmbito político da forma mais pura possível, a audiência do veículo é muito mais baixa do que se espera.

Borba finaliza ressaltando que tudo isso reflete no tipo de formação intelectual da atual sociedade. A preferência pela opinião pronta e o conteúdo superficial à ação de reunir os fatos e refleti-los para uma visão própria, porque não está moldada para isso.

Janaina Soares
7º Semestre

Jeane Chaves
8º Semestre

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