TRANSPORTE PÚBLICO: Estudantes sofrem com a insegurança e superlotação em ônibus

Estudantes dos turnos da manhã e noite da Fa7 enfrentam problemas com transporte público. Além da demora dos ônibus há superlotação e insegurança no interior dos veículos

Muito tempo de espera, arrocho e cansaço são os ingredientes principais da rotina dos estudantes da Faculdade 7 de Setembro (Fa7), que fazem uso do transporte público para chegar ou sair da faculdade. As linhas que possuem itinerários passando nas proximidades da instituição não conseguem atender minimamente os alunos, seja por causa da demora, da superlotação ou da insegurança nas paradas de ônibus ou no interior dos coletivos.

A estudante de Publicidade e Propaganda, Geórgia Helora, se inquieta só de pensar no momento em que precisa embarcar no ônibus da linha Antônio Bezerra/ Lagoa/ Unifor-024. “Geralmente está saindo todo mundo das faculdades (Fa7, Unifor e FIC/Estácio) e do shopping (Iguatemi), então sempre vem muito lotado”, reclama. Ela conta que é frequente esperar mais de 30 minutos por uma condução e que opta por pegar várias linhas na tentativa de poupar tempo. No caso de Geórgia, a demora é pior pelo fato de estudar à noite. Embarca no coletivo entre 22h40min e 23 horas, horário que acredita ser mais inseguro.

A demora do ônibus ocasiona superlotação e se soma à falta de segurança nos coletivos da linha. (Foto: Tarcísio Feijó)

Quem precisa fazer uso do Parangaba/Papicu/Via Aeroporto-066 também não tem vida fácil. A demora do ônibus ocasiona superlotação e se soma à falta de segurança nos coletivos da linha, segundo o estudante Assis Nogueira. “Uma linha que merecia há muito tempo ter mais ônibus disponíveis, já que atende à classe estudantil de pelo menos três instituições de ensino superior (Fa7, FIC/Estácio e Unifor), além do público que precisa se deslocar ao aeroporto”, defende. Para a também estudante da Fa7, Juliane Nadja, o problema é com a linha Pici/Unifor-075. “Tenho que esperar na parada mais de três ônibus para conseguir entrar em um (ônibus)”, protesta.

Além das linhas já citadas, há outra que gera insatisfação aos alunos: Luciano Cavalcante/Papicu-022. Os longos intervalos de um veículo a outro deixa a linha sobrecarregada de passageiros. Taíssa Julião, que estuda Jornalismo no turno da manhã, conta que passa até 40 minutos esperando o ônibus no terminal do Papicu para ir à Fa7 e que os coletivos partem sempre lotados. Depois da aula, ela pega o Antônio Bezerra/Unifor-074, onde a situação não é muito melhor. Mesmo estudando durante o dia, Taíssa afirma que já ouviu relatos de assaltos e roubos nas paradas de ônibus. “Graças a Deus nunca passei por nada perto da Fa7, mas, já vi bastante gente reclamando”, diz.

O Portal Quinto Andar entrou em contato com as assessorias de imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) e com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), na última segunda-feira (23). As duas instituições foram questionadas sobre a superlotação nas linhas de ônibus que atendem os estudantes da Fa7, bem como a demora dos veículos e o temor de assaltos no seu interior. Até o fechamento desta matéria não houve resposta de nenhuma das entidades.

Aflaudísio Dantas
7º semestre