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TRADIÇÃO: Fiéis revivem trajetória de Cristo para a morte

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Representação da primeira queda de Jesus levando a cruz (Foto: Danielber Noronha)

Representação da primeira queda de Jesus levando a cruz (Foto: Danielber Noronha)

Católicos do interior mantêm viva a tradição de sua religião lembrando o sacrifício de Jesus

A capela de Nossa Senhora do Carmo, na localidade Altamira, no Município de Tauá, localizada no Sertão dos Inhamuns, no Ceará, serviu de palco para os fiéis reviverem os últimos momentos de vida de Jesus Cristo. Na Sexta-Feira Santa, 25, também chamada de ‘Sexta-Feira da Paixão, os devotos se reuniram na capela para encenar a tradicional Via Sacra, que retrata as 15 estações do caminho de Jesus de Nazaré até a cruz.

Em meio ao clima de resignação, penitências e jejuns, as pessoas chegavam à capela. Os fiéis traziam o objetivo de renovar a fé em Deus, de deixar seus pecados para trás e começar um tempo de renovações, já que no calendário bíblico o ano começa por volta dessa data.

A leitura das estações começou e um dos moradores da comunidade, Afonso Neto, virou ator para encenar Jesus carregando a cruz. E uma a uma as estações foram sendo lidas por voluntários. Mesmo com tudo sendo feito de maneira simples, os presentes não deixaram de se sentir conectados com o passado que, por vezes, acaba sendo esquecido. Foram reproduzidas as cenas desde a queda de Jesus, pelo peso da cruz, até o momento de sua ressureição.

Houve quem se emocionasse com a leitura. Alguns até choraram. O momento forte da celebração foi quando as pessoas puderam expor seus pecados e “queimá-los” sob a luz de uma vela vermelha que simbolizava o perdão de Deus.

Para uma das animadoras da comunidade, Jorcelia de Castro, é importante “fazer momentos como esse para reacender nossa fé. As pessoas precisam se encontrar com a religião e foi isso que aconteceu aqui”. A animadora percebeu que o número de presentes diminuiu em relação ao ano anterior, mas ressaltou que é importante seguir com a tradição. A celebração se encerrou em clima fraterno, com a partilha de pães integrais e vinho, que simbolizavam o corpo e sangue de Cristo.

Danielber Noronha
3º semestre

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