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TRABALHO INFANTIL: Estudantes apresentam proposta ao Cedeca

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No Agência Aberta e Jornalismo em Contexto, advogado da organização destacou os fatores socioeconômicos, culturais e simbólicos que envolvem essa realidade

Os alunos de Comunicação Social da Faculdade 7 de Setembro (FA7) tiveram uma manhã diferente nesta quarta-feira, 20. A ação “Agência Aberta e Jornalismo em Contexto”, na sua segunda edição, recebeu o advogado do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca-CE), Acássio Pereira, que conversou com os estudantes sobre os mitos e desafios do trabalho infantil.

Durante a apresentação, Pereira apresentou dados e apontou os fatores socioeconômicos, culturais e simbólicos que envolvem essa realidade. Para ele, a cultura de naturalização do trabalho infantil é um obstáculo no objetivo da conscientização. “O trabalho infantil cria um ciclo vicioso de pobreza, porque essas crianças precisam abrir mão da educação”, disse o advogado.

O Brasil assinou um acordo se comprometendo a erradicar o trabalho infantil até 2020. Os dados, no entanto, não dão muitos motivos para acreditar que isso vá acontecer. Em 2013, mais de 3 milhões de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos trabalhavam. Deste número, 94,2% são mulheres, correspondente a 202 mil meninas e 70,4% são negros, entre homens e mulheres. Agricultura familiar, exploração sexual e tráfico de drogas estão entre as atividades.

“Crianças empobrecidas devem trabalhar para ajudar a família”, “Melhor trabalhar do que estar na rua, vadiando”, “O trabalho dignifica”. Estes foram alguns dos mitos citados, que habitam o senso comum de grande parte das pessoas. Para Pereira esses mitos são obstáculos a serem superados com rodas de conversa a fim de debater dados e mostrar às pessoas a perspectiva dos Direitos Humanos acerca do assunto. O advogado também criticou a grande mídia ao afirmar que as matérias superficiais não dão conta da complexidade do assunto.

O advogado do Cedeca vê a participação universitária como fundamental. Para ele a universidade e o conhecimento precisam estar compromissados com as causas sociais. “Esse tema, assim como outros, que envolvem direitos de crianças e adolescentes, são temas bastante pertinentes, que dizem muito sobre a sociedade que queremos ter. Para o Cedeca é uma satisfação contar com o apoio de professores e estudantes na discussão e difusão dessas temáticas”, pontuou.

Mãos à obra

Após a palestra, os alunos de Jornalismo e Publicidade, juntamente com os professores, se reuniram em grupos para elaborar planos de comunicação, que abordassem a causa, voltados tanto para a publicidade quanto para o jornalismo. De um lado, peças publicitárias e sugestões de aplicativos, do outro, ideias de pauta para rádio, TV e web.

Destaque para o aplicativo PIPA (Projeto Incentivo, proteção e ação) que será proposto para o Cedeca. A ideia é que o espaço sirva para que as pessoas denunciem casos de exploração de crianças e adolescentes, submetidos a trabalhos em condições degradantes. Ou seja, são três eixos de base: denúncia, ação educativa para com a população e uma sensibilização para a cobertura da mídia.

O aluno Bruno Renan, do 3º semestre de Publicidade elogiou a troca de ideias, a maneira como os alunos lidaram com o briefing e a conversa com os professores como fatores proveitosos para o aprendizado. “Nos fizeram aprender muito, repensar algumas questões, quebrar certos paradigmas e conhecer os paradigmas dos outros. Gostaria muito que houvesse mais vezes”, disse.

Dilson Alexandre, coordenador da Comunicação Social, se disse satisfeito com a quantidade de alunos que compareceram e a contribuição que deram. “Então, acho que esse é o benefício. Você pegar uma teoria, o conhecimento de uma disciplina que você fez ou está fazendo e aplicar, ter a oportunidade de mostrar para um cliente de fora, é muito importante. Concretiza o conhecimento de maneira pratica”, disse o coordenador.

Carlos Holanda
3º semestre

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