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TERCEIRIZAÇÃO: Trabalhadores vão às ruas contra o PL 4330/04

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Após final de semana de protestos contra o governo, a manhã desta quarta-feira foi marcada por protestos a favor da classe trabalhadora

O trajeto seguiu da Praça do Carmo pela Rua Barão do Rio Branco (Foto: Letícia Alves)

O trajeto seguiu da Praça do Carmo pela Rua Barão do Rio Branco (Foto: Letícia Alves)

Em manifestação contra o Projeto de Lei n. 4330/04, mais conhecido como lei da terceirização, servidores, representantes sindicais e sociedade civil ocuparam o Centro da Capital, na manhã desta quarta-feira, 15. A paralisação dos trabalhadores ocorreu em nível nacional. Não à precarização do trabalho, menos exploração, mais direitos e melhores condições laborais foram lemas que levaram os manifestantes às ruas.

Durante o trajeto, que teve concentração na Praça do Carmo e seguiu pela Rua Barão do Rio Branco, trabalhadores das lojas comerciais do Centro eram convidados a se unirem à caminhada. Sindicalistas proferiam palavras de ordem para que os patrões fechassem as portas em respeito à paralisação nacional.

Em caráter de urgência, foi votado e aprovado, no último dia 8 de abril, o texto-base do Projeto de Lei que descansava na Câmara dos Deputados há mais de uma década. O PL 4330/04, de autoria do ex-deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), irá permitir a terceirização de todas as atividades de uma empresa. Para os líderes dos movimentos sociais que estiveram presente nas manifestações, a lei é considerada um retrocesso trabalhista inaceitável.

Manifestantes colam cartazes no Centro de Fortaleza com seus protestos (Foto: Letícia Alves)

Manifestantes colam cartazes no Centro de Fortaleza com seus protestos (Foto: Letícia Alves)

Enedina Soares, presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), destacou a importância da adesão dos trabalhadores à luta contra a aprovação do Projeto de Lei, que considera o maior retrocesso da história para a classe trabalhadora. Para ela, a terceirização poderá colocar o trabalhador em uma condição desumana, com jornadas mais intensas, menos direito de reivindicação e organização.

“Nós entendemos que a terceirização representa, para o setor privado e para o setor público, apenas lucro para os empresariados. Significa gastar menos com os trabalhadores para ampliar a margem de lucro das empresas”, disse Enedina. Para o advogado Antonio José, a mídia ainda distorce o real objetivo do projeto, bem como desinforma sobre a adesão do povo às manifestações. “Eles dizem que a aprovação da lei da terceirização irá resultar na criação de vários empregos, quando, na verdade, isso não faz sentido. O que vai acontecer é a criação em massa de empresas frágeis que não terão capacidade suficiente de manter os trabalhadores”.

O ato foi encerrado na Praça do Ferreira, com discursos dos representantes da CUT (Foto: Letícia Alves)

O ato foi encerrado na Praça do Ferreira, com discursos dos representantes da CUT (Foto: Letícia Alves)

O ato foi encerrado na Praça do Ferreira, com discursos dos representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), União Nacional dos Estudantes (Une), Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), e outros representantes sindicais. Os organizadores contabilizaram cerca de 8 mil pessoas presentes ao ato.

Letícia Alves
3º Semestre

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