Notícias

SEMACOM: Liberdade de imprensa e arte pautam abertura dos trabalhos

Categoria:

Uni7 Informa

0

A Semana da Comunicação abriu espaço para a apresentação da Associação Vidança e pautou debate com os professores Helena Martins, Nelson Campos e o jornalista Moacir Maia

“O tempo não para? Eu vejo o futuro repetir o passado”. Este foi o tema central discutido na abertura da quarta edição da Semana da Comunicação, dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7). A solenidade aconteceu no Teatro Nila Gomes de Soárez, na noite desta segunda-feira, 4, e foi prestigiada por alunos, professores e convidados.

A Associação Vidança apresentou o espetáculo “Tambatuque Dasmarias nos terreiros de Sol e Lua”, que faz uma releitura da mulher rendeira do litoral do Ceará. O grupo explora um ritmo popular e tradicional na região Nordeste, coco de roda. A Associação é responsável por priorizar ações artísticas, proporcionando técnicas profissionais aos bailarinos e bailarinas, muitos deles crianças e adolescentes do bairro Vila Velha.

Na ocasião, o grupo de percussão Tambatuque do Vidança deu o ritmo ao espetáculo, que marcou a coreografia. Anália Timbó, presidenta da Associação Vidança desde 1981, enfatiza a importância de estar em um espaço acadêmico, dando visibilidade e reconhecimento para as crianças e para a Vidança.

Os coordenadores de Jornalismo e Publicidade, respectivamente Magela Lima e Moema Braga, enxergam o evento como uma oportunidade de arejar os pensamentos e sair da rotina. Lima frisa que “está muito feliz pelo trabalho e dedicação que o Diretório Acadêmico desenvolveu para a Semana”.

Profissionais do mercado cearense de comunicação formaram o time de palestrantes. Nelson Campos, mestre em educação, professor universitário da UNI7 e escritor; Helena Martins, jornalista e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante do Intervozes, organização que trabalha pela efetivação do direito humano à comunicação no Brasil; e o jornalista Moacir Maia, coordenador de Comunicação Social da Prefeitura de Fortaleza.

Os convidados expuseram suas ideias sobre o tema proposto e fomentaram o debate com base em experiências vividas na profissão

Com o diálogo voltado para a discussão sobre a criminalização das informações que surgem contra o governo e até que ponto a sociedade pode se abster, os convidados enfatizam a necessidade da comunicação precisar saber amplamente o que está acontecendo no corpo social.

Helena Martins acredita que devemos discutir o modelo de sociedade que queremos viver, para assim, a população não ser tão afetada com a desinformação. “A sociedade não sabe as suas referências”, conclui. Moacir salienta que deve haver uma autocrítica para pensarmos em que profissionais estamos nos tornando. “Me emociona o ambiente acadêmico, pois é a matriz de reflexão”, Maia destaca.

Nelson Campos enfatiza que “a censura não é somente sobre a imprensa, mas sobre a arte, os currículos escolares”, e tem como base o papel questionador da filosofia autocrítica por meio da lembrança dos governos passados, em particular os anos de Ditadura Militar, notabilizando o individualismo recorrente nos dias atuais.

Victória Kloe, presidenta do Diretório Acadêmico, encerra a solenidade com a leitura do poema Intertexto, de Bertolt Brecht, juntamente com a seguinte indagação: “Até que ponto a nossa rotina vai nos levar para o abismo?”.

A programação continua durante toda a semana, intercalando entre os turnos da manhã e da noite, com workshops, palestras e atrações culturais.

Texto: Lara Silveira (5º semestre – Jornalismo/UNI7)

Fotos: Vitória Figueiredo e Marcelo Arruda (Publicidade/UNI7)

Tags: , , ,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

14 + 2 =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.