SEMACOM: A arte de produzir podcast e as variações do mercado

A voz de quem consume e produz comunicação, mostrando como é possível trabalhar os temas em um formato “novo”

Um experimental com base nas discussões sobre como criar conteúdo por meio de plataforma do áudio. Os participantes da Semana da Comunicação do Centro Universitário 7 de Setembro tiveram a oportunidade de saber mais sobre os programas de áudio digital. O convidado para falar na sexta-feira, 8, foi o digital creator Rildon Oliver, graduado em história e responsável pela plataforma Cosmonerd.

Ao iniciar a conversa, Oliver lembrou momentos da sua vida, recordou de gostar de rádio e já ter participado do meio ainda estando na escola. Acredita vir dele o toque especial para saber fazer podcast, quando se adapta à linguagem para o formato, do qual já é consumidor há 13 anos.

O historiador entende como o momento de informar com seriedade e verdade é complicado. “É difícil, principalmente porque as pessoas estão se informando pelas redes sociais. Não dão mais credibilidade aos grandes veículos”, pontua.

Ratificou o quanto é prejudicial para os jornalistas e publicitários, ou para aqueles que estão no percurso de formação, viver fechado para o que acontece ao seu redor. “Vocês (estudantes) precisam entender como o mercado se comunica. Só tem como saber isso se saírem da bolha individual”, afirmou quanto à necessidade de estar aberto a tudo.

Ele falou sobre a crise editorial existente e em contrapartida o que espalham sobre o brasileiro não ler. O que falta não é o gosto pela leitura, mas, sim, mediações para que o material seja acessível, ressaltando o quanto cultura pop não é popular, principalmente pelo valor cobrado em, por exemplo, um livro.

Com objetivo de mostrar como é facilmente esmiuçar um tema para fazer um trabalho bacana, acabou tendo a proposta de criar um podcast na hora com quatro alunos, sem participar. A pauta surgiu da pergunta feita para saber o que a gente que estava presente consumia da TV aberta. Reality Show foi escolhido e cada um que compôs a mesa deu falou sobre sua perspectiva.

Para finalizar, quis reforçar o quanto não é bom ver a mídia só como concorrência. É preciso que seja visto como um lugar para agregar conteúdo. Nessa área, a notícia pode ser simplesmente dada se souber manusear para falar da melhor maneira. Focar nas segmentações e buscar diferencial atrativo.

Texto: Stefane Castro (5º semestre – Jornalismo/UNI7)

Foto: Cadu Franco (4º semestre – Jornalismo/UNI7)