REFORMA TRIBUTÁRIA: Ciro Gomes critica poder econômico e defende população
“Quem manda na agenda brasileira não é o nosso povo. Modernamente, quem manda na agenda brasileira é o poder econômico”. A afirmação foi dada pelo ex-ministro em debate na UNI7
O ex-ministro Ciro Gomes fez a palestra principal no seminário “A Reforma Tributária e a Pauta Municipalista’’, promovido pela Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece). Contou com presenças de prefeitos, prefeitas, secretários municipais, deputados estaduais, professores e estudantes, além do pró-reitor acadêmico, Adelmir Jucá, e Henrique Soárez, pró-reitor administrativo da UNI7. O evento ocorreu no Teatro Nila Soárez, na segunda-feira, 9.
O ex-ministro detalhou e fez comparações sobre duas proposições de reforma tributária que tramitam no Congresso Nacional: a PEC 45/2019, na Câmara; e a PEC 110/2019, no Senado. Como debatedores, os secretários estaduais Mauro Filho, de Planejamento e Gestão e Fernanda Pacobahyba, da Fazenda. A moderação foi do presidente Nilson Diniz, da Aprece.
Ciro Gomes, vice-presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), abordou o assunto e não deixou de lado as críticas ao atual governo de Jair Bolsonaro. “O cidadão que está desempregado fica do lado do Bolsonaro porque acredita nessa agenda moralista mentirosa”, ressaltou. O ex-presidenciável afirmou ainda que o tema da reforma tributária deve vir a debate sem ferir a moral do povo.
“Quem manda na agenda brasileira não é o nosso povo. Modernamente, quem manda na agenda brasileira é o poder econômico. E ele anuncia prometer com muita eloquência, que o Brasil precisa de uma reforma tributária. E usa argumentos razoáveis”, destacou. No final, fez um alerta: “Este é um jogo, que não pode ser jogado em Brasília. Tem de ser jogado aqui embaixo”.
Texto: Vinícius Braga Timbó (7º semestre – Jornalismo/UNI7)
Fotos: Deísa Garcêz (5º semestre – Jornalismo/UNI7)