PAPICU: Vantagens e desvantagens do Shopping Rio Mar para comunidade

Moradores do entorno reclamam da falta de comprometimento para com a indenização das casas

Família da universitária Sueli Nascimento, que teve parte da sua casa indenizada

Embora inaugurado oficialmente no dia 29 de Outubro, as obras no entorno do Shopping Rio Mar ainda não foram concluídas. Mas, o que estas obras trouxeram de bom para os moradores da região? Por muito tempo, o local onde foi construído o Shopping era uma antiga fábrica de cerveja que, ao deixar de funcionar, trouxe preocupação aos moradores: pessoas utilizavam o prédio para consumir drogas e outras práticas.

Segundo o engenheiro da Construtora Rio Mar (que pertence ao grupo João Carlos Paes Mendonça – JPCM,) Marcelo Moreira, o shopping e as obras em seu entorno trouxeram muitas vantagens à população. “Houve melhorias urbanísticas como novas linhas de transporte público, revitalização, alargamento e paisagismo das avenidas do entorno em alto padrão, iluminação pública mais eficiente, maior segurança pública para uma área antes considerada muito violenta e aumento do comércio no entorno principalmente na área de alimentos”, diz.

Apesar da melhora ser nitidamente notada, moradores que tiveram casas indenizadas, não ficaram muito satisfeitos. Para a universitária Sueli Nascimento, que teve parte da sua casa indenizada, a avaliação das casas foi insuficiente. Ela reclama que foram feitos tratos para que eles deixassem a casa em perfeito estado, mas nem tudo foi cumprido. “As casas eram indenizadas pela Prefeitura de Fortaleza, que avaliou mal. Não só a minha casa, mas de muitos amigos e vizinhos, que ficaram insatisfeitos”, diz.

Rua Joaquim Lima, que é uma rua de mão dupla, ainda não teve suas obras concluídas, prejudicando moradores

Moreira ressaltou que as obras de infraestrutura do entorno do empreendimento são de responsabilidade da Prefeitura. Ficou acertado, porém que o os engenheiros do grupo JPCM (responsáveis pelo Shopping e obras do entorno) iriam agilizar a parte construtiva civil e a prefeitura a parte das indenizações (e fiscalizações gerais), não havendo participação do Rio Mar na avaliação e pagamento aos moradores. “O nosso setor social atendeu no que foi possível as reinvindicações dos moradores para que essa transição não fosse, em momento algum, desumana. Inclusive boa parte (quase todos) dos atingidos, teve uma melhora nas suas condições de moradia ao final do processo”, explica.

Contatos foram feitos com a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) para o posicionamento da Prefeitura de Fortaleza sobre as negociações das casas indenizadas, mas não houve respostas.

Lorena Mesquita
3º semestre