MOBILIDADE: Modais e espaço público marcam ações do dia mundial sem carro
Entre os destaques, a presença do grupo Estar Urbano, responsável pela idealização dos parklets na cidade de Fortaleza
Uma data para ficar na história. É assim que pode ser considerado o Dia Mundial Sem Carro, realizado na rua Agerson Tabosa, na lateral da Faculdade 7 de Setembro (FA7), na última quinta-feira, 22. Uma programação especial para comemorar o dia começou ainda pela manhã, quando o espaço foi utilizado para atividades lúdicas.
À noite, houve roda de debates sobre o documentário “O veículo fantástico”, que registra os desafios de quem usa a bicicleta como meio de transporte na cidade de Curitiba. Estes, aliás, são os principais problemas enfrentados por ciclistas no Brasil, como a falta de conscientização e respeito por parte de outros meios de transporte e o tímido, e ainda recente, investimento em transporte alternativo no país.
O evento foi organizado pelos cursos de Arquitetura e Direito da FA7. Um responsáveis pela organização foi professor Tiago Souza, que destacou a importância do debate e reflexão dos espaços públicos. Já a professora de Direito, Danielle de Souza, destacou a importância de conhecer o plano diretor da cidade e o direito urbanístico para que a sociedade possa cobrar dos administradores públicos, melhorias estruturais.
Para discutir as medidas tomadas pela prefeitura visando a melhorar a integração dos transportes públicos, participou do debate engenheiro civil Sued Lacerda, funcionário do Plano de Ações Imediatas em Trânsito e Transporte de Fortaleza (PAITT).
Ele destacou o problema global de mobilidade urbana enfrentado por vários países e os investimentos da Prefeitura de Fortaleza em projetos para melhorar a convivência harmoniosa entre os modais. Entre os destaques para melhorias no transporte, Lacerda citou as travessias elevadas, faixas diagonais, prolongamento de calçadas e mini canteiros. Para as bicicletas o projeto Bicicletar foi o exemplo, além das pontos de compartilhamento integrado nos terminais e o investimento em ciclovias na periferia. O grupo Estar Urbano, responsável pela ideialização dos parklets em Fortaleza, também esteve no evento.
Outro ponto discutido foi a utilização do espaço público, para combater a violência e o medo causado pela falta de pessoas nas ruas e a falta de apropiação do espaço público. A diretora e professora do curso de Direito, Maria Vital encerrou o debate agradecendo aos alunos e professores pela presença e incentivando-os a mais debates sobre a utilização dos meios públicos.
O espaço ainda contou com a distribuição de pipoca, venda de produtos gourmet, como brownie, além de uma “dindinharia” com vendas de dindin.
Paulo Victor
2º semestre