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MÍDIAS MÓVEIS: Um novo formato de fazer jornalismo

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Émerson Maranhão deu inicio a segunda edição UP! com oficina de audiovisual para alunos de Jornalismo e Publicidade da FA7

O jornalista Émerson Maranhão tratou dos conceitos de Narrativas, fundamentais para produção de qualquer audiovisual (Fotos: Janaína Ramos)

O jornalista Émerson Maranhão tratou dos conceitos de Narrativas, fundamentais para produção de qualquer audiovisual (Fotos: Janaína Ramos)

Com a temática “Introdução à construção da narrativa”, o jornalista e realizador audiovisual Émerson Maranhão, do Grupo O Povo de Comunicação abriu a oficina “Audiovisual com Mídias Móveis para Iniciantes”, com palestra na quinta-feira, 14, no estúdio de TV. Este segundo UP! (Universo Profissional) é uma realização do Núcleo de Produções Jornalísticas (NPJor), com apoio da Coordenação de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da FA7.

Após a fala do coordenador Dilson Alexandre, o jornalista tratou dos conceitos de Narrativas, fundamentais para produção de qualquer audiovisual. Dentre elas, a Narrativa Clássica, comumente usada no cinema e na teledramaturgia. Esta narrativa baseia-se num processo de sequencia temporal, com começo, meio e o fim. No Jornalismo, é bom ter ciência de que essa mesma sequência é de suma importância para narrar os fatos do dia a dia. É, porém, uma das opções que o jornalista deve seguir, mas que existem também inúmeras possibilidades.

Émerson fez questão em alertar os alunos de que as pautas que são propostas precisam passar por um processo de análise para que se possa dizer se é possível a produção de um audiovisual. Caso seja possível, é preciso preparar, em primeiro lugar, um planejamento que vai do agendamento de entrevista ao pré-roteiro de entrevistas. “É bom lembrar que, se não houver um controle sobre as entrevistas, não haverá o controle em todo o restante da produção”, ressalta o jornalista.

O webdocumentário “Fortaleza das Marés”, por exemplo, produzido pela equipe do Núcleo de Reportagem do jornal, para as comemorações do aniversário de 289 anos de Fortaleza, com direção de Émerson, foi apresentado aos alunos como referência. Relatos de três pescadores sobre suas experiências e histórias foram a abordagem principal desse vídeo. O título do webdoc foi inspirado na visão dos pescadores sobre uma cidade que só é possível ser vista a partir do mar.

Imagem de Amostra do You Tube
Émerson fez questão em alertar os alunos de que as pautas que são propostas precisam passar por um processo de análise para que se possa dizer se é possível a produção de um audiovisual (Fotos: Janaína Ramos)

Émerson fez questão em alertar os alunos de que as pautas que são propostas precisam passar por um processo de análise para que se possa dizer se é possível a produção de um audiovisual (Fotos: Janaína Ramos)

Ao abrir para perguntas da plateia, o professor Miguel Macedo questionou sobre a dificuldade de diferenciar as narrativas em diferentes pautas. Émerson disse que existem pautas que rendem bem e as que não, por isso a importância de todo o processo de análise de pauta. Ele citou como exemplo uma sobre política feita nas eleições do ano passado. Diferentes repórteres do jornal foram divididos em dois grupos e percorreram zonas eleitorais, onde estariam concentrados os eleitores da Capital. A proposta era questionar os eleitores sobre o que eles deixariam de recado para os governantes que seriam eleitos. Após a divulgação do resultado, os recados seriam colocados na web.

Após a palestra, Émerson Maranhão concedeu entrevista ao Quinto Andar:

Quinto Andar – Aos poucos novas tecnologias e novas mídias se popularizam e se tornam o destino principal dos investimentos de marcas de todos os tamanhos. De forma específica, como você enxerga essa adaptação dentro dos veículos de comunicação?
Émerson Maranhão – Os veículos se entenderam. As novas mídias são remediáveis. Chegaram, se colocaram e já estão começando, há pouco tempo, a pensar o seu conteúdo de forma que atenda a todas as novas plataformas de comunicação e não só as plataformas que nós tínhamos até recentemente. Então, não só por conta dos investimentos, acho que os investimentos das grandes marcas são uma decorrência da grande audiência que essas novas mídias têm, tanto quanto os anunciantes, quanto os meios de comunicação têm, que está onde o povo está, onde o nosso consumidor está. É um presente muito urgente ficarmos produzindo e fornecendo nessas novas plataformas.

QA – O crescente acesso às mídias móveis vem obrigando os grandes veículos de comunicação a se reinventar. Conteúdos desses veículos estão sendo direcionados, primeiramente, às plataformas móveis. Em sua opinião, isso pode prejudicar a TV ou rádio, que são mídias tradicionais?

EM – De maneira alguma. Penso que existe uma adaptação para a nova realidade, não a tecnológica, mas uma nova realidade de comportamento do consumo de informação. A grande questão é como, no jornalismo, ter que repensar qual diferencial vai ter minha edição do jornal impresso do dia seguinte, para estar e para fornecer um material além do popularizado da Web 24 horas antes. Esse fenômeno obriga os jornalistas a pensar novas maneiras de fazer comunicação.

QA – Como o Grupo O Povo está se adaptando a esse novo estilo de levar informação às pessoas?
EM – Estamos tendo um investimento muito grande nas novas tecnologias, novas mídias e nas redes sociais. De um tempo para cá, nós, do grupo O Povo, pensamos sobre o nosso leitor como um consumidor de informação. Tentamos oferecer um cardápio amplo de recursos, para que esse consumidor de informação navegue pelo nosso portal, veja nossos webdocs e webséries, nossos programas na TV e no rádio. Enfim, a nossa ideia, e é uma determinação da nossa direção, é oferecer produto, o mais completo possível de informação, aos nossos leitores e consumidores de informação.

Gabriel Barbosa
2º semestre

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