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MERCADO: Empreendedoras que lutam pela autonomia financeira e social

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Líderes femininas que vêm se destacando no setor do empreendedorismo brasileiro, seja por necessidade ou realização de um sonho, buscam na abertura de negócios um novo espaço para outras mulheres

No decorrer dos anos, as mulheres vêm conquistando novos papéis na sociedade e no mercado de trabalho. No empreendedorismo não é diferente. Ao caminhar pelas ruas dos bairros de Fortaleza é comum encontrarmos mulheres tocando seus próprios negócios, sejam eles salões de beleza, supermercados, lanchonetes, bares e outros estabelecimentos que movimentam a economia local, e garantem ou contribuem no sustento familiar.

Segundo dados fornecidos pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 24 milhões de mulheres empreendem no Brasil, em comparação a 28 milhões de homens. A maioria das mulheres empreende por necessidade e muitas das vezes não possuem sócios.

O desejo de ser independente, e uma nova alternativa de fonte de renda, são preponderantes para a maioria das mulheres microempreendedoras (MEI). Não raramente, elas se tornam a principal fonte de renda da casa, como é o caso da vendedora de óculos Vera Lúcia, 56, moradora de um bairro na periferia de Fortaleza, que encontrou o sustento na venda de óculos esportivos e receituários.

“Faço minhas vendas em domicílio, o que facilita muito a minha vida e a dos meus clientes” – Vera Lúcia

“Tudo começou quando me divorciei e precisava de uma renda para suprir as minhas necessidades e as da minha filha. Foi então que amigas minhas, que já trabalhavam no ramo, me incentivaram a fazer cursos e investir na área. E aí começou a M.V Óculos. Faço minhas vendas em domicílio, o que facilita muito a minha vida e dos meus clientes. Com o tempo, fui adquirindo uma vasta clientela, que confia no meu trabalho e faz dos óculos a minha fonte de renda”.

A empresária Vera Lúcia, 56, exibe com orgulho seu negócio de óculos (Foto: Arquivo Pessoal)

Outro estímulo para mulheres que querem empreender é a busca pela realização profissional, e também para garantir autonomia financeira, um “modo de agir” no qual você se coloca como protagonista da sua própria carreira profissional, mesmo não sendo uma atitude fácil. “Sempre quis montar o meu próprio negócio. Com o passar do tempo, percebi que gostava do ramo da beleza”, observou a dona de salão de beleza, Paula Carneiro, 35.

“Com muito esforço, tenho uma equipe de três funcionários que me ajudam na rotina do salão” – Paula Carneiro

Ela destaca ainda que foi aí que buscou se capacitar e, com o tempo, montou o próprio salão. “No começo foi bem complicado. Não tinha ajuda de ninguém, então fiz uns empréstimos no banco, fiz cursos de como gerir um negócio e coloquei meu salão para funcionar. Com muito esforço, tenho uma equipe de três funcionários que me ajudam na rotina do salão”, reconhece.

Além do salão, Paula Carneiro faz atendimentos em domicílio (Foto: Arquivo Pessoal)

As empreendedoras vêm conquistando espaços antes segmentados para o gênero masculino. Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, muitas mulheres estão tomando a frente dos seus negócios e de suas vidas, reforçando o enfrentamento ao machismo e gerando uma rede de apoio que auxilie e capacite as mulheres no momento de empreender.

SERVIÇO:

Studio de Beleza Paula Carneiro

Rua São Francisco das Chagas, 132, Guajeru

Terça a dom: 9h às 21h

M.V Óculos

Rua Geraldo Barros de Oliveira, 102, Guajeru

Texto: Mariana França (7º semestre – Jornalismo/UNI7)

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