LIVRO: Casulo Dandara é lançado na XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará

A leitura conta histórias da infância, adolescência, descoberta da sexualidade, aceitação, relacionamento da personagem com a família e sobre a investigação do homicídio

“O Casulo Dandara”, livro que conta a história da travesti Dandara dos Santos, escrito por Vitória Holanda, inspetora da Polícia Civil e amiga de infância da vítima, foi lançado durante a roda de conversa sobre “Combate à violência contra LGBT’s”. A programação compôs o quadro da XIII Bienal Internacional do Livro de Ceará, encerrada domingo, 25.

O evento ocorreu na Arena Multicultural Juvenal Galeno, e contou com a participação do público presente na Bienal, de familiares, amigos e ativistas do movimento Mães pela Diversidade. A mediação ficou por conta do coordenador Paulo Diógenes, da Coordenadoria de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos de Fortaleza.

A mesa foi composta pela transexual Silvinha Cavalleire, militante do movimento LGBTI+ e professora particular polivalente em Fortaleza, pelo advogado Murilo Gonçalves, professor de Direito e Processo Civil, primeiro homem trans no Ceará a receber a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e pela travesti Labelle Rainbow, ativista pelos direitos humanos da população LGBTI+.
De início, Silvinha falou um pouco sobre Dandara, enquanto LaBelle enfatizou o preconceito vivenciado por transexuais, desde a falta de oportunidades de estudo e trabalho até a utilização do banheiro público. E, por fim, Murilo defendeu a necessidade de se ter direitos garantidos. “A questão do nome é muito impactante, porque é o seu primeiro marco identitário”, ele afirma.
Após a roda de conversa com a autora e os convidados, houve uma sessão de autógrafos com Vitória Holanda no estande da Editora CeNE.

Texto e fotos: Lara Silveira (5º Semestre – Jornalismo/UNI7)
Eli Naftali (7º Semestre – Jornalismo /UNI7)