JORNALISMO DA UFC: Curso celebra 50 anos discutindo os rumos da comunicação

Ex-alunos, professores e estudantes compartilharam experiências e perspectivas na semana do cinquentenário

O primeiro curso de Jornalismo do Ceará completou 50 anos na quinta-feira, 12. Responsável pela formação de profissionais do jornalismo cearense, a Universidade Federal do Ceará (UFC) reuniu alguns dos seus ex-alunos em mesa redonda para uma série de debates no auditório do Sindicato de Docentes das Universidades Federais do Ceará (ADUFC).

A mesa foi presidida pela professora Naiana Rodrigues, Vice-Coordenadora do Curso de Jornalismo da UF. O tema em discussão foi “Quem sabe o futuro do jornalismo?”. Na composição, os ex-alunos convidados: Ana Naddaf, diretora-executiva de Redação do jornal O Povo; Mauro Costa, sócio fundador da AD2M comunicação e o professor Dilson Alexandre, coordenador do Curso de Comunicação da Faculdade 7 de Setembro (FA7).

Ana Naddaff frisou a importância de repensar o jornalismo impresso, buscando aquilo que é capaz de surpreender, mesmo nos tempos modernos. Convergência de mídia, sofisticação do produto, personalização, exclusividade e texto analítico foram elementos citados pela jornalista como exemplos de inovação à plataforma impressa. Além disso, a diretora mencionou a mudança conceitual da edição de domingo do jornal O Povo e sua adaptação aos novos hábitos de leitura adquiridos com a ascensão dos recursos tecnológicos. “O jornal impresso não morreu, mas a audiência está mudando”, acentua Ana Naddaf.

Ana Naddaf fala sobre as mudanças no jornal impresso (Foto: Luciana Castro)

Pensar o novo fazer jornalístico também é pensar em uma relação diferente com o público. Foi o que comunicou o professor Dilson Alexandre, ao abordar a questão da personalização do produto, a qual o cliente decide o que quer consumir. Dilson abordou a mudança intelectual que ocorre de forma paralela ao mercado, focando na importância que o jornalista precisa dar aos estudos acadêmicos como forma de compreender melhor a realidade do mercado de trabalho.

Já Mauro Costa, um dos pioneiros no segmento empresarial de assessorias de comunicação no Ceará, destacou que a principal busca para o jornalista hoje em dia é comunicar com eficiência. Ele reconhece as mudanças, mas enxerga necessidades básicas que não devem ser esquecidas. Mauro defendeu que a base de um bom jornalismo é contar histórias, falar diretamente com seu público e encontrar novos horizontes. “É ter um oceano de conhecimento com um dedo de profundidade”.

Os integrantes da mesa redonda, desta forma, não só contaram suas experiências e conhecimentos, mas também um pouco de suas trajetórias envolvendo a importância do Curso de Jornalismo da UFC nas suas formações, demonstrando que os 50 anos de jornalismo deixaram marcas na vida de muitas pessoas.
Dyego Viana
2º Semestre

Karol Saldanha
2º semestre