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Jornalismo científico: Ler para disseminar conhecimento

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Especializado na área da ciência e tecnologia, o jornalista Flaminio Araripe destaca o papel da leitura na pesquisa científica

Para Flaminio Araripe, método científico no jornalismo é a exatidão, a clareza

Para Flaminio Araripe, método científico no jornalismo é a exatidão, a clareza

O principal legado cultural que advogado Jósio de Alencar Araripe, ex-vereador do Crato e cronista da Rádio Educadora do Cariri, deixou para os seis filhos foi o de gostar de ler livros. Na terça-feira, 29, o jornalista Flaminio Araripe, 63, conversou com alunos de Jornalismo da Faculdade 7 de Setembro (FA7). Lembrou-se da obstinação do pai em repassar cultura e o ‘gosto de leitura’ aos filhos e o que representa para sua carreira profissional, com atuação no jornalismo científico.

A trajetória começou, porém, no curso de História. Em seguida, entrou para o Jornalismo em Recife, PE, concluindo o curso na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo. A primeira e marcante experiência de Flaminio na profissão foi trabalhar no Estado do Acre. Atuando em jornal local, conheceu e ficou amigo de Chico Mendes, líder seringueiro nascido em Xapuri, assassinado em 1988, na luta em defesa da floresta amazônica. Uma temporada “fantástica e uma grande experiência de vida, pela qual sou muito grato”, recorda.

Posteriormente foi assessor de comunicação da Universidade Federal do Acre (UFAC), tempo em que conheceu de perto o conhecimento científico. Atuou ainda no Tribunal de Justiça daquele estado e em algumas secretarias estaduais. “Sempre investi em texto, pois gosto de ler até hoje. Temos de nos abastecer para poder produzir”.

De volta ao Ceará, trabalhou nos dois principais jornais, Diário do Nordeste e O Povo, como repórter e editor, foi roteirista, freelancer e atua como assessor de imprensa dos deputados federais Leônidas Cristino e Ariosto Holanda e do Instituto Atlântico. É ainda sócio gerente da Elo Produções. Acumulou experiências entrevistando pesquisadores, trocando ideias e enriquecendo o texto especializado em jornalismo científico.

Para os estudantes indicou que é fundamental “entender a Ciência para compreender a história das civilizações, bem como a influência do mundo árabe e sua contribuição na matemática, astronomia, física, medicina”. E lembrou que em todos os momentos da vida humana, como Revolução Industrial, a Ciência estava presente.

No entendimento do jornalista, o método científico para o jornalismo é a exatidão, a clareza, por meio da linguagem acessível, que possibilita a compreensão que é a Ciência. Citou a castanha de caju, primeiro produto na pauta da exportação, como muita pesquisa sendo realizada, na perspectiva de estabelecer o padrão da castanha. E destacou como exemplo disseminado do conhecimento para a fruticultura moderna e para todos, as pesquisas com clones de cajueiro anão, desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Ceará (Epace).

Ao finalizar o bate-papo, fez indicações de autores básicos como Júlio Verne, Isaac Azimov, autor russo de ficção científica e divulgação científica, além de Carl Sagan, por meio da série Cosmos. No Brasil, apesar de produção muito recente, destacou a atuação do CNPq no investimento, embora “a política científica precisa de recursos para seu desenvolvimento em pesquisa”, disse Flaminio, na expectativa de que “algo vai surgir”, em tempos do processo de editoração eletrônica, que leva os jornais a enxugarem os textos.

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