FORTALEZA: Tarcísio Matos compartilha histórias e paixões urbanas pela cidade que comemora 288 anos

Apaixonado por Fortaleza, o jornalista declarou seu amor pela cidade das últimas décadas, da atualidade, e o futuro que espera com menos desigualdade

Na semana em que Fortaleza completa 288 anos – dia 13 de abril -, a Faculdade 7 de Setembro (Fa7) recebeu, no estúdio de rádio, o jornalista, assessor de imprensa, escritor e compositor Tarcísio Matos. Como conhecedor da cidade, ele bateu um papo descontraído e com muitas declarações de amor por esta cidade com professores e estudantes de jornalismo.

Tarcísio começou lembrando os encantamentos que a Fortaleza ainda não perdeu com a modernidade, como a conversa na praça de alguns bairros, os campos de futebol para os jovens e os namoros de uma cidade romântica. Ao ser questionado sobre o lugar que mais gosta em Fortaleza e que melhor representa e valoriza nossa cidade, ele foi direto: Amadeu Furtado.

Na verdade, bairro que ele chamou de Grande Amadeu Furtado, pois abrange outros, tais como Parquelândia, Bela Vista, Parangaba, Porangabussu, Antônio Bezerra, Alagadiço e Parque Araxá – que compunham um resumo da grande Fortaleza atual.

“O que não pode mudar em Fortaleza é a capacidade que nós temos de amá-la, apesar das diversidades”, destaca o jornalista Tarcísio Matos (Foto: Jan Klever)

A conversa, moderada pelo professor Miguel Macedo, fluiu de forma leve e descontraída, permitindo que Tarcísio comentasse assuntos, como o episódio da vaia ao sol, no centro de Fortaleza, ocorrida no dia 31 de janeiro de 1942, depois de o centro meteorológico ter anunciado que haveria três dias de chuvas intensas, após dois anos de seca. A vaia ocorreu no segundo dia previsto para chover, quando o sol resolveu aparecer.

Após as perguntas do professor, foi a vez dos alunos e Tarcísio teve a oportunidade de comentar sobre a insegurança, que é algo recente em Fortaleza, se comparada a outras capitais do país, como Rio de Janeiro e São Paulo. Ele acredita que a melhor forma de derrotá-la é com a educação familiar e escolar. Lembrou também que, em sua infância, eram raros os assassinatos e, quando ocorria alguma tragédia, era motivo de grande espanto para a população.

Em tempos de mobilidade urbana, um assunto que não poderia faltar: a Praça Portugal. Tarcísio afirmou que o problema não está nela, mas no crescimento desordenado que ocorreu ao seu redor nas últimas décadas. Ele acredita que alguma providência que priorize as pessoas deverá ser tomada.

Depois da entrevista, Tarcísio Matos ressaltou a importância desses momentos, onde pessoas conhecedoras, com mais vivências – ele destacou o jornalista Demitri Túlio e o arquiteto Romeu Duarte -, compartilham experiências da cidade com os jovens, dando ênfase ao amor que se deve ter por Fortaleza. “É típico do nosso comportamento viajar, conhecer outros lugares, buscar novos ares, mas sempre queremos voltar. Afinal, o melhor lugar ainda é aqui. Nesta cidade que nos acolhe e com quem conversamos no dia a dia. Ando muito de ônibus, de topic e percebo isto nas pessoas”, disse o parceiro do cantor Falcão, e colunista do jornal O POVO.

Estélio Carvalho Neto
3º semestre