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FORTALEZA 290 anos: Tributo à memória afetiva da cidade

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Homenagem dos professores de Comunicação da FA7 ao aniversário da Capital cearense

Uma cidade que resguarda encantos, lembranças e memórias, tem histórias reveladas pela afetividade de professores de Comunicação da Faculdade 7 de Setembro. Ao completar 290 anos neste 13 de abril, procuramos enxergar Fortaleza com as múltiplas formas e cores de uma metrópole com mais de 2 milhões e 500 mil habitantes.

Para celebrar o aniversário da cidade, os professores compartilharam as vivências afetivas em breves palavras. Cada um, num registro quadro a quadro, como se montassem um quebra-cabeça, indicou um lugar importante de Fortaleza, na sua memória afetiva.

As lembranças da capital cearense poderiam passar por ruas, praças, bairros, bares, restaurantes, colégios, clubes, lagoas, praias, romances, empregos… Tudo dependendo do lugar que cada um julgasse marcante em sua vida. Haveria ainda a possibilidade de mencionar as transformações da cidade, do espaço público e da cultura fortalezense. E, por último, resumo desta relação em uma ou poucas palavras…

De delicadeza em delicadeza, as homenagens e parabéns da equipe do Quinto Andar. Abaixo, nomes e semestres dos alunos que fizeram as entrevistas com os professores: Adailson Nogueira (4º), Ana Clara Jovino (7º), Carlos Holanda (3º), Dyego Viana (3º), Evelyn Barreto (6º), Horácio Neto (1º), Jarlesson Vanley (7º), Júnior Tavares (6º), Karol Saldanha (3º), Leilane Freitas (6º), Paloma Magalhães (5º), Victor Mendes (3º).

  • Qual lugar de Fortaleza faz parte de sua memória afetiva? Como definiria esta cidade em uma palavra?

rsz_aldo“Existem vários, mas um em especial é o bairro Benfica. Quando era criança, morava no interior e meus avós e parentes todos tinham casas no Benfica. Quando vinha para cá, ficava lá na casa deles, brincando na rua e correndo. Então, aquilo tudo ali perto da Avenida da Universidade, costumava andar com meus primos, todo aquele imaginário do bairro ficou muito marcado. Muitos amigos e pessoas que estudavam na faculdade, movimentos estudantis, toda essa questão da vida estudantil e política, intelectual e boêmia do Benfica foi muito marcante pra mim e guardo boas lembranças disso. Defino como resistência. Como também liberdade, porque Fortaleza foi uma cidade onde nem sempre teve liberdade, mas, de certa forma, sempre teve um trabalho de resistência em prol da liberdade”.
Aldo Marcozzi

rsz_ana_márcia“O lugar que vem à minha cabeça primeiramente é o Cine São Luiz. Sou de Quixadá e vim para Fortaleza com seis ou sete anos de idade e costumava ir com meu pai, aos domingos, assistir desenhos animados. Naquela época, ninguém tinha carro. A gente ia de ônibus, descia no centro caminhava um pouco até chegar à Praça do Ferreira pra assistir Tom e Jerry. Hoje a gente tem desenhos animados na TV em qualquer hora, mas naquela época só havia no cinema. Era um momento bem interessante porque eu via outra cidade que não via no dia a dia. Era tudo muito grande para o olhar de uma criança. E recordo também a lembrança do meu pai, aquela coisa de segurar a mão e estar conhecendo outras partes da cidade. Foi isso que ficou marcado. Definiria como um sanduíche! Acho que lembra um misto quente. Porque Fortaleza lembra o queijo com presunto. A praia, o sol, areia que lembra essa coisa meio amarelada fazendo referência ao queijo. Como o presunto me lembra mais no sentido de gente, aquela coisa de mais cores como a cidade tem, bastante colorido”.
Ana Márcia Diógenes

rsz_1ana_paula“O lugar que eu gosto na cidade de Fortaleza são as feiras. Na minha infância, a minha avó e a minha mãe me levavam para escolher frutas… e para mim era um negocio absurdamente encantador, pela possibilidade de cheiro, de cor, de gente. Pela a possibilidade de você provar aqueles sabores, que você não conhecia. E de coisas muito novas, porque sempre existia coisas novas. As feiras para mim é um lugar na cidade de fortaleza que nunca deveria desaparecer. Tem muitas palavras para se definir as feiras, mas eu vou falar “policromia”, são as múltiplas cores que a feira tem, era isso que me encantava mais. O sol iluminado da cidade, as cores das frutas, as cores das peles. É isso! Definir Fortaleza em um palavra? Casa! É, casa”.
Ana Paula Rabelo

rsz_bruno“A Ponte Metálica. Foi quando comecei a sair de casa. Havia ônibus que passava de madrugada e foram as minhas primeiras experiências de adolescente, na Praia de Iracema. Indo pra festa, show de rock, me encontrando com os amigos, passando a noite fora de casa. Então, tenho uma memória afetiva muito grande com a Ponte Metálica e todo o entorno. Minha definição? Tédio!”
Bruno Vasconcelos

 

 

rsz_1eulália“O lugar mais bonito e marcante de Fortaleza é, sem dúvida, a beira-mar. Para ser mais especifico, o pôr do sol justamente naquele pedaço de litoral. O momento é ideal para se pensar na vida e descansar o corpo e a alma. As cores do céu e a luz do sol tornam o momento ainda mais incrível, fazendo parecer que se está em uma pintura de Van Gogh, com fundo musical dos Beatles. Finalizo este momento com a citação que se encaixa perfeitamente à imagem do loca, do escritor angolano Alagusa, onde ele diz: “Os milagres acontecem a cada segundo. Os melhores costumam ser discretos. Os grandes são secretos”.
Eulália Camurça

rsz_fernando_cavalcante“A Praça da Gentilândia é um lugar que lembra a minha infância. Nasci no bairro da Parquelândia, ali ao lado, e estudei no Centro da cidade, que também é próximo. Lembro que sempre, ao final das aulas, eu e meus colegas íamos muito à praça pra conversar. Então, tenho uma memória afetiva sobre isso. Passei um tempo fora, voltei a Fortaleza e decidi morar ali no Benfica por uma questão de identificação, é um bairro livre. Se eu pudesse definir a Praça da Gentilândia em uma palavra, esta seria ‘livre’.”
Fernando Cavalcante

 

rsz_humberto“Um lugar importante de Fortaleza seria, para mim, a própria periferia de Fortaleza. Acho que a gente acaba vendo muito os cartões postais e não quero dizer que esses lugares não são importantes: as praias, Praia de Iracema e vários outros. Mas, acho que a verdadeira cidade está nas periferias, todo esse entorno que você vai ter fora do grande centro. O bairro que nasci e me criei é o Dias Macedo. Mas, pra mim, o lugar que acho mais importante é a periferia, que é a cara de Fortaleza.  E é aquela que talvez nem todo mundo conheça. Definir em uma palavra ficou fácil, essa: Periferia!”
Humberto Alves

 

rsz_jari_em_aula“Sou do interior, cheguei a Fortaleza aos 7 anos de idade, e tudo pra mim era novidade. Logo procurava uma semelhança com Juazeiro do Norte em tudo que via. Um dos lugares pelo qual tenho um carinho e que está minha memória afetiva é o Centro da cidade, porque andando pelo centro me sentia mais próximo de Juazeiro. Era como se fosse um atalho até lá, mesmo sabendo que era outra cidade. Defino Fortaleza como acolhedora, porque por mais que não tenha nascido aqui, foi aqui que cresci, fiquei adulto e conquistei um profissão”.
Jari Vieira

 

rsz_kádtia“Olha, vou dizer que o Centro da Cidade, né? Eu fui de uma geração que nós íamos para as ruas, para poder fazer compras. Então, o Centro de certa forma… A Praça da Estação, a Praça do Ferreira, a Praça José de Alencar, principalmente essas praças, são lugares que marcaram muito a minha memória afetiva. Por conviver, por circular por lá, sabe? E isso acabou sendo algo que até hoje, quando eu volto, eu volto também à época que o Centro fazia parte do meu cotidiano. Com qual palavra definiria a cidade? Luz!”
Kátia Patrocínio

 

12743751_1139271472779386_7574162117542003346_n“Trago na memória dois lugares. O primeiro é o Pparque Adhail Barreto (Parque do Cocó). Muito pequeno, acompanhava minha mãe para suas caminhadas e cooper. Por vezes, levava minha bicicleta, mas como era muito pequeno, para acompanhar o ritmo de minha mãe, quase que corria. Essa prática me faz, até hoje em minhas caminhadas, dar passos largos e acelerados. Adorava brincar no parque. Outra lembrança bem bacana é o terreno do Iguatemi. Durante a construção do shopping, costumava ir com meu pai nos finais de semana para soltar pipa e brincar com um aviãozinho de madeira que voava impulsionado por um estilingue. Falando em estilingue, sempre foi muito bom morar na região hoje conhecida como Guararapes, mas que pra mim sempre foi Água Fria. Cresci no bairro correndo pelas ruas, andando de bicicleta e entrando nos terrenos para jogar bola ou apanhar mamonas, para usar nas baladeiras e fazer guerra. Já um pouco mais crescido, e a moda era o skate, andei bastante na construção do primeiro viaduto da nossa CE-040, a famosa Washington Soares. E Fortaleza em uma palavra: Futuro!”.
Leonardo Macedo de Paiva

rsz_lima_junior_foto_retirada_do_facebook“O Colégio Militar é o lugar que marcou muito a infância. Traz boas recordações quando passo em frente. Lembro bem do ginásio. É um lugar de memória, de recordação. É um ambiente que acaba nos moldando. Todo ano, meus colgas fazem encontro de ex-alunos. Acho interessante que as amizades perduraram, atravessam o tempo, se mantêm fortes até hoje. Geralmente, quem viveu lá cria um vínculo forte com o colégio. É muito comum você ver pessoas que foram alunos de lá, quererem que seus filhos estudem lá. Para poderem viver as mesmas experiências das atividades que a gente fazia lá. É um lugar bem marcante para mim. Minha definição é amizade”.
Lima Júnior

rsz_miguel“Guardo com carinho tudo que vivi na minha infância no bairro de Fátima. Desde que cheguei de São Luís, Maranhão, onde nasci, vivi momentos de felicidade na Rua Joaquim Bastos, bem próximo do Instituto de Educação do Ceará, mas, para nós, a Escola Normal. Entre percorrer os imensos corredores da escola, fazer curso de marcenaria que a Escola oferecia pra comunidade, o melhor ainda era mesmo subir nas árvores centenárias e encher saco de mangas, azeitona roxa e jenipapo… Isso tentando se livrar dos olhares do vigia Pedro, que selava pelo terreno da escola como se dele fosse. Mas, era nosso também! Fortaleza em uma palavra? Refúgio”.
Miguel Macedo

rsz_moema“Adoro a Praia do Futuro. É um lugar que tenho boas memórias desde a minha adolescência quando sempre ia. Hoje, levo minha filha de manhã cedo, pra tomar banho de mar, pegar um sol e curtir a praia. Gosto muito dessa possibilidade de Fortaleza, a chance de sempre poder ir à praia. Tanto a Praia do Futuro quanto a Praia de Iracema. Gosto pelo entretenimento, por ser um lugar que acolhe todo mundo. A praia é lugar que gosto muito e que me faz querer passar o resto da vida em Fortaleza. Também gosto muito do Centro. Estudava no Farias Brito, e a gente sempre ia passear pelos arredores. Adorava a Pracinha do Carmo, que tem aquelas bancas de revistas, banca do Sobral. E a gente ficava horas conversando e tomando aquele pó de guaraná antes de entrar na aula. E também aquela efervescência do Centro. A gente ia dar uma volta e comprava coisas bem baratas. Eu adorava. Adoro até hoje, aliás. Curtir o Centro também como um lugar não só pra compras, mas também para entretenimento. Por ser um lugar também de muitas experiências de muitas pessoas. Algumas palavras para definir: entretenimento, diversão, efervescência e agitada”.
Moema Braga

rsz_nila“Um lugar de Fortaleza que marcou a minha história de vida é a Praia do Futuro, porque a gente tinha uma programação da família que era todos os domingos ir à Praia do Futuro, então era um momento que estava todo mundo junto, estavam todas as crianças, os meus irmãos e tios e tias. A farra da semana era ir pra lá e era o momento mais feliz daquela semana, era um momento de lazer e de aproximação com toda a família. De um modo geral acho que Fortaleza significa resistência, por sua cultura, por seu patrimônio, seu clima e natureza, e por sua economia”.
Nila Bandeira

 

rsz_paulo_júnior_foto_-_leilane_freitas“Meus pais ainda moram e eu e meus irmãos morávamos no bairro Itaperi, próximo ao campus da Universidade Estadual do Ceará. Somos três irmãos e o programa de sábado era levar a gente num trailer que tinha pertinho de lá. Era um trenzinho desses fixos que vendia hambúrguer e era a nossa grande diversão. Tenho uma lembrança positiva do campus: era mais arborizado, andávamos por ele e chegávamos até esse trailer. Era um momento interessante. A gente passeava em família, caminhava um pouco pela rua. E era uma grande diversão minha e dos meus irmãos. Defino como casa”.
Paulo Junior

 

rsz_renata_gauche_foto_-_beatriz_fialho“Um lugar que aquece muito o coração é o Centro da cidade. É muito especial porque acho que Fortaleza é uma cidade que, infelizmente, não guarda as suas memórias históricas, mas o Centro ainda é um espaço que preserva isso de alguma maneira. Gosto do modo como as pessoas se relacionam com a cidade lá. Para mim, prioritariamente, é um espaço afetivo porque trabalhei perto muito tempo e sou usuária do Centro. Penso que se perder no Centro para se encontrar, é uma forma muito incrível de você vivenciar e se conectar com a cidade. Acho que a palavra que define o centro é afetividade”.
Renata Gauche

 

rsz_talita_guimarães_foto_-_ana_clara_jovino“Um lugar especial para mim é o Passeio Público. Realmente gosto de ir para lá, gosto do clima, porque é um espaço ao ar livre e de vez em quando tem música. Gosto porque tem contato com a natureza, tem muitas árvores, além de ser localizado no Centro da cidade. Passei pouco mais de um ano morando fora e uma das coisas que mais sentia falta, que ficava lembrando uma forma bastante recorrente era o Passeio Público. Não sei exatamente o motivo, mas é um lugar que eu me sinto bem. A palavra que define aquele lugar é leveza”.
Talita Guimarães

 

rsz_tarcísio_bezerra“Em Fortaleza, o local que me identifica e tem maior importância para mim é o ônibus Grande Circular. Na época do colégio, sempre o utilizava no meu caminho de ida e vinda. Para mim, ele era um binóculo, onde via a cidade passar pela a janela, uma interação do caos externo com uma sociabilidade no ambiente interno. Aprendendo e convivendo com muitas situações e pessoas engraçadas. Mais do que um transporte, o coletivo era meu ambiente de leitura, onde muitas vezes perdia a parada para avançar um pouco mais na história que estava lendo, assim chegando até o terminal do Antônio Bezerra. Uma palavra para definir: aprendizado”.
Tarcísio Bezerra

rsz_thyago_cabral_“Frequentemente passava as férias escolares em Fortaleza. Vindo de Minas Gerais e apaixonado pela cidade, o local que mais me representa é o Residencial Iracema, localizado na Praia de Iracema. O lugar era marcado por pequenas casas de um andar, construídas na década de 1960. Com aparência de cidade do interior, rodeado de crianças e pessoas nas portas das casas, o residencial marcou minha vida. Outra lembrança que contribui para esse ser o lugar entre todos os demais, o especial, é a minha avó. Como em um ritual, todos os dias, às 18 horas, lá estava ela na frente da casa rezando seu terço, reavivando a aparência interiorana. Outrora um lugar radiante e gigantesco, o residencial deu lugar às lembranças que atualmente não são tão grandiosas quanto antes, mas sempre vívidas no meu coração. E defino assim: Saudade!”
Thyago Cabral

 

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