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FINANÇAS: Economista destaca o papel da mídia na crise

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Especialista em Economia pela UFC, Luciano Comin diz que a linguagem usada pelos jornalistas não atinge a grande massa

Luciano Comin, professor dos cursos Jornalismo e Sistemas de Informação da FA7 (Foto: Isabelly Lima)

Luciano Comin, professor dos cursos Jornalismo e Sistemas de Informação da FA7 (Foto: Isabelly Lima)

Em uma franca conversa que passeia por temas variados como economia, negócios e finanças, o economista e professor Luciano Comin, da Faculdade 7 de Setembro (FA7), faz um apanhado sobre o jornalismo econômico da atualidade. Este segmento tão específico da comunicação moderna tem experimentado grande expansão nos últimos anos, seja na mídia televisiva ou no impresso. Tal expansão traz pontos positivos e negativos, que vão desde a influência no cenário financeiro e político nacional até a falta de imparcialidade presente em matérias e colunas.

Comin também ressalta a influência da mídia no consumismo e a maneira como os veículos de comunicação estimulam a aquisição de produtos e serviços favorecendo determinadas marcas.

Quinto Andar – O Jornalismo Econômico tem desempenhado uma boa cobertura sobre economia, negócios e finanças em nosso País?
Luciano Comin – Depende da percepção de cada um de nós enquanto cidadãos. Quando se fala em crise cada um pensa no que está lhe afetando. Se disséssemos assim: “os jornalistas estão desempenhando bem o papel deles”, na realidade se você observar os jornalistas econômicos usam termos parecidos com os dos economistas, ou seja, como se eles (termos econômicos) tivessem preparados para uma classe bem esclarecida.

QA – Se tivesse que citar 3 jornalistas de grande prestígio neste segmento, quais seriam e porquê?
LC – A gente tem as TVs (ou as organizações jornalísticas) que estão mais bem preparadas e que exigem dos seus profissionais uma preparação profissional bem mais apurada. Por exemplo, a Lilian Witte Fibe, a Valéria Maniero e o já falecido, Joelmir Beting, que expandiram o jornalismo econômico. Estes são os nomes segundo a percepção da televisão aberta.

QA – O jornalismo econômico não se aprofunda em dados porque o povo é leigo ou vice-versa?
LC – Às vezes é até por uma questão de tempo para dar a resposta ali ou então é até uma obrigação que ele tem de se ele for se aprofundar ele vai bater nas causas, e as causas são politicas. A imprensa de maneira geral (escrita e falada), quando não quer ‘bater na causa’ ela não deixa de mencionar para não ficar em branco, porém se ela ‘bater’ ela perde o patrocínio.

QA – É possível termos uma economia estruturada independente das reviravoltas no cenário político nacional?
LC – É praticamente impossível porque a política é o alicerce de uma governabilidade e a economia é o regramento de uma ‘casa’. Ou seja, se tiver desgovernabilidade não tem economia. Não tem como dissociar, por exemplo, a crise hoje no Brasil está mais agravada pela questão política.

QA – A mídia especulativa ou o jornalismo parcial pode influenciar no mercado econômico? Se sim, de que forma?
LC – Quando a economia está indo bem, estes veículos tendem a direcionar o consumo. Quando as pessoas têm dinheiro para gastar a mídia tange o público de acordo com o marketing de consumo, ou o que ela vier a receber de incentivo de alguma empresa. Os jornalistas podem direcionar para investimento neste ou naquele banco, qualquer coisa que eles disserem forma uma opinião.

Fernando Souza
7º Semestre

Isabelly Lima
7º Semestre

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