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#EUNOTÍCIA: Por favor, não diga que a pauta caiu!

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Experiências vivenciadas antes e durante a Sala de Notícias do jornal Papiro

Desde que entrei no curso de Jornalismo da Faculdade 7 de Setembro (FA7), descobri que um de seus grandes diferenciais era a Sala de Notícias. Para quem não sabe, é o momento em que alunos de duas disciplinas se unem para simular o fechamento de uma edição de jornal impresso. Pois bem, com o passar dos semestres e o direcionamento cada vez mais visível do meu gosto por mídias impressas, aguardava com cada vez mais ansiedade por este momento.

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Alunos se dividiram em dois laboratórios de informática durante a sala de notícias (Foto: Daniel Silva)

Minha primeira experiência foi no semestre passado, 2014.2, o terceiro para mim, na disciplina de design editorial. Foi meio frustrante, confesso, e que me desculpem os designers, mas me sentia do lado errado da coisa. Diagramei duas matérias do Papiro e mais tarde duas da Matéria Prima, a revista feita pelos alunos da disciplina de Jornalismo Especializado I. Em dupla com uma colega, a pressão foi tanta que quase discutimos, mas no fim deu tudo certo.

Um semestre se passou e, finalmente, pude me matricular em Projeto Integrado de Jornalismo Impresso, disciplina responsável pelos textos do Papiro. Esse momento tinha um gosto especial, até meio nostálgico, ia reencontrar a professora Edma de Góis, com quem fiz Introdução ao Jornalismo. De início, fomos informados que faríamos um projeto experimental para a primeira verificação parcial (VP1) e que só depois trabalharíamos na matéria do Papiro para VP2.

Algumas semanas se passaram e a professora Edma anunciou seu afastamento da FA7. Na hora me senti meio perdido e aquele seria apenas meu primeiro momento de pânico até a sala de notícias. No seu lugar entrou a igualmente competente Ana Márcia Diógenes e com ela novos desafios. Recebemos a notícia de que o Papiro havia sido antecipado e que já teríamos que escrever matéria para a VP1, ou seja, dali a quinze dias.

Desde o princípio pensei em algo relacionado à editoria de cidade, sobretudo em obras atrasadas ou inacabadas, no caso de Fortaleza seriam muitas as opções. Decidi, algumas aulas depois, por falar dos impactos econômicos da obra para a construção de um corredor exclusivo para ônibus na Av. Bezerra de Menezes, que fica próximo à minha casa. Àquela altura, as informações eram desencontradas e a prefeitura nem sequer trabalhava com uma data de conclusão fixa para os trabalhos.

O meu segundo momento de pânico durante o processo veio quando decidi ligar para assessoria de comunicação do órgão responsável pela obra e ouvi que nunca uma reclamação havia sido feita sobre a obra por comerciantes locais. Teoricamente, naquele momento minha pauta caiu, mas já não dava mais tempo de buscar outra. Ao meu lado, via colegas igualmente desesperados, alguns já na terceira notícia, e o tempo era cada vez mais escasso.

Fui a campo, reergui a pauta e entreguei a matéria para a revisão. O tempo que antes passava cada vez mais rápido, ficou lento e se a matéria não fosse finalizada e o Papiro publicado de uma vez, perigava a obra terminar e consequentemente a notícia perderia o gancho. Após inúmeras idas e vindas tudo foi finalizado, com fotos e tudo, e Sala de Notícia seria em uma semana. Estaria tudo perfeito, não fosse o anúncio da inauguração do corredor exclusivo, um dia após a realização do evento.

Realizada na última sexta-feira, 17, a atividade que integra as disciplinas de Design Editorial e PI de Jornalismo Impresso já começou em ritmo acelerado. Era também a primeira Sala de Notícias da professora Ana Márcia e que logo de cara pegou uma turma histérica, porém sedenta para fazer o melhor. Logo que a encontrei disse: “A obra será inaugurada amanhã, e agora?”. Bem, aconteceu o que eu temia e depois de um mês trabalhando na pauta, a notícia teria de ser refeita em apenas alguns minutos.

Estudantes finalizam os textos do Papiro (Foto: Daniel Silva)

Estudantes finalizam os textos do Papiro (Foto: Daniel Silva)

Depois da decisão tomada, fui atrás da diagramadora e descobri que tudo já estava quase finalizado e que ela também teria de começar do zero. Nesse momento contei com a experiência e a ajuda da Ana Márcia, que pensa rápido como eu nunca vi ninguém pensar. Tive de refazer meu lide, o abre e mudar todos os tempos verbais da minha matéria.

É, no fim deu tudo certo para mim e para os demais colegas. Ficou a experiência e, pelo menos comigo, a certeza de que queria aquela sensação no fechamento de uma edição, todos os dias da minha vida.

Bem, então você que leu até aqui deve estar se perguntando… Mas, e esse título, de onde vem? Vem de um momento de desespero onde o professor Miguel Macedo, editor deste mesmo Quinto Andar, entrou na sala e tentou, porque eu não deixei ele terminar, fazer a tal pergunta que nenhum jornalista quer ouvir e que não vou ousar repetir porque atrai. A resposta foi essa do título “Por favor, não diga que a pauta caiu!”

Felipe Gomes
4º semestre

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