ERA TRUMP: Jornalista prevê renovação e estabilidade entre Brasil e EUA

O editor Guálter George, do jornal O Povo, avalia o atual momento da política brasileira e a relação Trump x Brasil

Donald Trump: política de incertezas sobre direitos humanos (Foto: Revista Magazine)

O poderio e a influência dos Estados Unidos sobre o mundo sempre foi uma realidade e de conhecimento de todos, principalmente, em períodos de eleição. O mundo todo normalmente para e acompanha os eventos eleitorais dos Estados Unidos. Com a recente corrida eleitoral para presidente naquele país da América do Norte, parece que não só os americanos que vão às urnas nas eleições presidenciais do país. O mundo inteiro fica de olho em cada detalhe das campanhas e nos resultados, levando grande parte do globo a ficar bastante apreensivo em relação com o desfecho desse novo capítulo que se escreve.

Poucos minutos após o resultado das eleições americanas saírem, muito se cogitou sobre o destino das relações dos Estados Unidos e a maioria dos países do mundo. No Brasil, não poderia ser diferente. Com Donald Trump vencendo a eleição norte-americana, muito se especula por conta das suas promessas de cortar relações com os países latinos, acirrando ânimos e preocupando os brasileiros sobre a relação Brasil x Estado Unidos.

Segundo o especialista e jornalista político Guálter George, editor do Núcleo de Conjuntura do jornal O Povo, a vitória do ‘astro’ norte-americano, Donald Trump, não é um fenômeno isolado no mundo de hoje. Não só nos Estados Unidos, mas como também no Brasil pode ser visto que a onda conservadora aumentou. “A gente tem observado que o mundo está com o olhar mais conservador, mais na linha do que ele defende. A eleição do Trump vem de uma base nacionalista, e isso o fortificou, fez ele se fortalecer, como também a falta de credibilidade dos políticos atuais”, constata o editor.

Com declarações ameaçadoras e conflituosas em sua campanha, Donald Trump agora assume o papel de presidente dos EUA, tornando-se um novo personagem, onde suas atitudes serão vistas pelos quatro cantos do mundo. E, principalmente, poderá ou não ter consequências fortes no mundo em que vivemos.

A vitória do candidato conservador e nacionalista nos EUA vem de um movimento onde os eleitores depositam a confiança em novos rostos, em pessoas que se acreditam ser ideais para defender o país.

Para Guálter, isso também ajuda a justificar os votos em Trump, como também aconteceu até no próprio Brasil. “Você tem aí, uma fase em que o mundo era de esquerda, que você tinha uma linha, sendo que hoje você tem o contrário no Brasil. Não digo “personagens” iguais a ele, mas você vê aí a semelhança, sendo capaz de olhar pra ele e casos como os do nosso país e ligar em um nível correspondente, como por exemplo, no caso de São Paulo”.

Nas eleições em todo o Brasil, foi um desmanche total da onda “esquerdista” que governava o país. Um dos principais casos no território brasileiro foi do prefeito eleito em São Paulo, João Dória, empresário e jornalista que tem uma vida pautada na televisão brasileira.

Em referência ao momento atual, Guálter sinaliza como uma nova tentativa de mudança política. “A população está buscando esses perfis, mas isso não quer dizer que a pessoa olhe para Dória e ali veja projetada a sombra ou o reflexo de Trump, mas a pessoa vê algum nível de similaridade, uma linha de convergência: olha pro Trump e vê a solução para os Estados Unidos, olha pro Dória e vê a solução para São Paulo. O mesmo vale para o Brasil”.

Em uma análise final, o especialista do jornal O Povo destaca a mudança que provavelmente a figura do presidente eleito Donald Trump venha a sofrer nos próximos meses. O jornalista acredita que o personagem estadunidense mude, pois ele não é inocente de imaginar que suas declarações e ações drásticas não afetem o mundo. Ele ressalta que, sem dúvida, vai haver um grupo de apoio e tomada de decisões, principalmente por ele ser marinheiro de primeira viagem, e o acompanhamento será necessário. “Não tenho medo de afirmar que ninguém constrói o que ele construiu, não sabendo reavaliar suas condutas e escolher melhores caminhos”, conclui Guálter George.

Jarlesson Vanley
7º semestre

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7º semestre