Notícias

DUPLA JORNADA: Alunos se desdobram para conseguir o sonhado diploma

Categoria:

Uni7 Informa

0

Como realidade de muitos brasileiros, estudantes do período noturno concordam que se manter na universidade é um desafio contra o sono e a vontade de desistir

Encarar a pesada rotina de trabalhar e estudar não é nada fácil. Principalmente para os que moram na Região Metropolitana ou em outro município, mas trabalham e estudam em Fortaleza. Muitas vezes, estudantes optam por cursarem em uma faculdade particular devido à logística de horários que a universidade pública não oferece. Mesmo conseguindo algum percentual de bolsa, é um desafio que pede cada vez mais persistência.

Um dos exemplos desta condição é o Jonatha Ferreira, 27, estudante de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7), que mora no município de Maracanaú, atua na Área de Comunicação e Relações Institucionais e é responsável pelo Programa de Visitas da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Ele conta que trabalha desde os 7 anos de idade, e estar inserido no contexto Trabalho-Faculdade é pura necessidade. Segundo ele, o trabalho requer cada vez mais estudo. E, quanto mais estudo, maior será o crescimento profissional. Jonatha aproveita para ressaltar o apoio familiar.

 “O meu apoio sempre foi a minha mãe. Minha maior incentivadora é ela, que sempre me aconselhou a estudar, procurar algo melhor”

Jonatha, na aula de Semiótica, depois de passar cerca de oito horas trabalhando

Destaca ainda que dentre as vantagens de morar em Maracanaú é conhecer a cidade “como a palma mão”. Já as de morar longe, é que se acontecer alguma emergência na empresa quando não estiver lá, ele não é cotado para resolver, mas caso seja, a empresa disponibiliza um transporte. Jonatha não vê como tão vantajoso estudar longe, pois o coletivo é extremamente lotado e perigoso, mas enfatiza que o bom é ter bons professores.

Em contrapartida, Michael Douglas, 20, morador da Caucaia e estudante de Jornalismo na Unifanor Wyden – Campus Dunas, ressalta que é muito bacana esse tipo de vivência, em que não tem tempo para fazer nada, pois acaba aprendendo bastante. Ele afirma que a maior desvantagem é a locomoção, pois são horas perdidas dentro de um ônibus. E a vantagem é, no final da noite, ter um lugar para voltar, apesar de tudo.

“Tento administrar o tempo livre de forma saudável. Ouço muita música, pois ela é fundamental nessa rotina tão intensa”

Douglas realizando um trabalho de fotografia para disciplina da faculdade (Arquivo Pessoal)

Já para Beatriz Freitas, 21, que também mora em Caucaia e é estudante de Publicidade da UNI7, essa rotina é complicada. Sair de casa às 7 da manhã e só retornar depois de 23h30 é muito exaustivo. Caso não saia às 22 horas da aula, que só acaba às 22h40, perde o último ônibus. Se perder, tem que pegar o transporte público de outro bairro e ir andando até em casa. São pelo menos oito ônibus por dia.

Ela ressalta que a faculdade poderia ajudar mais, por meio de bolsas de estudos, disponibilização de ônibus e um local próprio para descanso. “Não vejo vantagem em morar em uma cidade, mas trabalhar e estudar em outra. Se tiver um evento na UNI7 pela manhã, não posso vir porque só tenho passagem para uma vez”, reclama.

Beatriz debatendo com os colegas sobre os trabalhos e a semana de prova

TEXTO E FOTOS: Lara Silveira (3º Semestre – Jornalismo/UNI7)

Tags: , , , , , , , ,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dez + 15 =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.