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DOM LUSTOSA: Jovem ajuda animais abandonados do bairro

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Moradora cuida de cães e gatos que vivem nas ruas dando-lhes atenção, cuidado e comida

Christine Fernandes, 22, é apaixonada por animais desde criança. Perto de sua residência, no bairro Dom Lustosa, alguns cães e gatos ficam vagando próximos a uma escola municipal e de uma igreja, em busca de alimentos. Nesses locais, além da sua casa, ela oferece diariamente aos bichinhos carícias, rações e ajuda em situações mais graves.

Cães de rua comendo ração que Christine oferece, com a ajuda de pais e amigos (Foto: Christine Fernandes)

No jardim da igreja que ela frequenta, o local serve de moradia para felinos abandonados. “São cerca de dez gatos. Não posso dizer se eles são deixados aqui por pessoas ou se os próprios animais acham um bom lugar para viver na companhia de outros”, afirma. Na escola, a presença maior é de cães que vagueiam pelas ruas.

Na casa em que vive, Christine deixa sempre próximo do portão ou ao lado do muro, rações e água disponíveis para os animais. Ela não recebe ajuda dos outros moradores, somente de colegas e da família. “Os vizinhos não me ajudam, mas também não atrapalham e os meus amigos e meus pais adoram bichos”, reconhece.

Em casos mais graves, Christine ajuda animais dando suporte veterinário. Como não trabalha, ela pede ajuda financeira para os pais que contribuem. “Uma vez um cachorro apareceu com a cara inchada. Com a ajuda deles, conseguir levá-lo ao veterinário e, graças a Deus, o cachorro ficou curado. Depois ficou hospedado por uma semana aqui em casa”, recorda.

Christine com Lucky, cão que corre junto com ela e ganha medalha (Foto: Christine Fernandes)

A vizinha Maria de Fátima, 57, acha importante a preocupação da moça em ajudar, mas tem medo de que no local possa haver problemas mais sérios. “A presença de muitos animais pode trazer doença ou até mesmo transmissão de pulgas e carrapatos”, ressalta. O morador Raimundo Patrício, 67, gosta da atitude dela. “Considero interessante a moça cuidar dos animais abandonados. Se pudesse, ajudava”, disse.

Já na opinião da moradora Ednalva Souza, 45, Christine deveria procurar apoio de grupos protetores. ”Infelizmente ela não tem um suporte grande de ajudar todos esses bichos que aparecem nas ruas”, confessa. Em relação às ONGs e associações de animais, a jovem ajuda sempre que pode com notas fiscais e jornais velhos para algumas instituições como a APATA, Abrigo São Lázaro e UPAC – União Protetora dos Animais Carentes.

Christine reconhece que seu esforço de auxiliar animais abandonados é difícil, pois precisa de dinheiro para comprar rações e, às vezes, de assistência veterinária. O amor pelos bichinhos, porém, é maior do que esses desafios diários. “Para mim não tem preço amparar esses animais inocentes. Enquanto tiver condições de ajudar, não vou parar”, garante.

 

Texto: David Moura (3° semestre – Jornalismo)
Foto: Christine Fernandes

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