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Dia Mundial do Escoteiro: brincadeiras na terra, na água e no mar

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No Ceará, o escotismo reúne crianças e jovens em atividades nas modalidades de ar, mar e terra. Conheça histórias de quem se entrega aos dias de alegria por meio da escotagem

Texto: Aline Santiago (7º semestre/UNI7) e Fernanda Aparecida (8º semestre/UNI7)

No mês de abril, o planeta celebra o Dia Mundial do Escoteiro, data especial que homenageia o movimento escoteiro e seus valores fundamentais de responsabilidade, solidariedade e compromisso com a comunidade. No mesmo dia, 23, é comemorado São Jorge, padroeiro dos escoteiros. 

Desde sua fundação, o escotismo tem desempenhado papel fundamental na formação de jovens, proporcionando-lhes oportunidades de desenvolvimento pessoal e habilidades práticas.

RUMO AOS 120 ANOS
A prática teve início em 1907, quando o fundador do movimento Robert Baden-Powell organizou um acampamento experimental na Ilha de Brownsea, no Reino Unido, reunindo jovens de diferentes origens sociais para aprender habilidades ao ar livre e princípios de camaradagem.

Com o sucesso do acampamento, Baden-Powell fundou o Movimento Escoteiro, que se espalhou por países, promovendo valores de autoconfiança, trabalho em equipe e respeito pela natureza.

Atualmente, esses grupos promovem atividades e oportunidades de aprendizado, desde atividades ao ar livre, como acampamentos e caminhadas, até projetos comunitários, serviços voluntários e programas educacionais.

Nesse processo, os jovens adquirem habilidades fundamentais de liderança, comunicação e resolução de problemas, essenciais ao desenvolvimento e amadurecimento pessoal ao longo da vida adulta. No Ceará, o escotismo reúne crianças e jovens em atividades nas modalidades de ar, mar e terra.

“DESEJO DE MUDAR FAMÍLIAS”
Josué Moreira Melo, diretor administrativo do 19º Grupo Escoteiros Dom Timóteo, em Tianguá, possui 30 anos de experiência no movimento escoteiro e ressalta que os acampamentos e trilhas na natureza são importantes para tirar os jovens da zona de conforto. 

19º Grupo Escoteiros Dom Timóteo, de Tianguá / Imagem: Arquivo pessoal 

Como instrutor da modalidade terra, ele explica que nesses acampamentos várias técnicas de sobrevivência são ensinadas e afirma que “Trilhas e jornadas também são importantes para mapear terrenos e superar desafios próprios.”

Melo menciona que o escotismo trabalha com faixas etárias específicas e possui um programa educacional que abrange seis áreas de conhecimento: físico, intelectual, social, afetivo, espiritual e característico.

Sua paixão pelo escotismo surgiu quando descobriu a essência do movimento. Como adulto voluntário, ele é motivado pelo desejo de ajudar as famílias na educação de seus filhos.

TEM ESCOTEIRO NO AR
Mauro Régis é membro do 8º Grupo de Escoteiro do Ar, Sargento Rômulo Tavares, localizado na Universidade Estadual do Ceará (Uece), campus Itaperi. Ele explica que a aviação é um elemento central na identidade do grupo, inspirando os jovens a progredir em suas atividades escoteiras ao cumprir etapas específicas da modalidade do ar.

8º Grupo de Escoteiro do Ar, Sargento Rômulo Tavares, localizado na Uece / Imagem: Arquivo pessoal

O formador de escotagem explica que a construção e o lançamento de novos aviões desempenham papel importante nas atividades com aeromodelismo e na divulgação de informações atualizadas sobre o mundo da aeronáutica, informações repassadas em cursos de aperfeiçoamento técnico, beneficiando tanto jovens quanto adultos.

Uma das experiências mais marcantes para o grupo foi a oportunidade de proporcionar um salto de paraquedas a um dos jovens escoteiros em 2018. O jovem foi sorteado durante o curso de Aperfeiçoamento Técnico da Aviação para Jovens (CATAR JOVEM). Essa atividade foi possível graças à parceria e ao apoio do Aeródromo Feijó e da escola de paraquedismo Vertical Jump.

“O que me motiva hoje a continuar é a possibilidade de, por meio do escotismo, poder transformar vidas de crianças e jovens com a troca de conhecimentos entre gerações contribuindo para formação de bons cidadãos”, complementa Régis. 

“EM ALTO MAR
Cássio Jerônimo Soares é chefe do 1º Grupo de Escoteiro do Mar Marcílio Dias, que está sediado na Escola de Aprendiz de Marinheiros do Ceará (EAMCE), e ressalta as diversas atividades náuticas promovidas pelos grupos escoteiros do mar, como as regatas com veleiros e remo, que se destacam como eventos importantes.

1º Grupo de Escoteiro do Mar Marcílio Dias, na Escola de Aprendiz de Marinheiros do Ceará / Imagem: Arquivo pessoal

Alguns exemplos dessas atividades incluem as Regatas Regionais dos Escoteiros do Mar, realizadas em estados brasileiros, e a Regata Internacional William I. Koch International Sea Scout Cup, nos EUA, em que escoteiros brasileiros já participaram.

Os cruzeiros náuticos também são etapas importantes para a conclusão de atividades que garantem distintivos especiais na graduação máxima aos escoteiros. Nesses cruzeiros, os jovens realizam travessias em rios, lagos e baías. No Ceará, atividades como stand-up paddle, canoagem, caiaque e aulas de vela têm feito sucesso entre os membros juvenis.

Soares ressalta que a navegação traz benefícios aos escoteiros, oferecendo lazer e esporte que promovem saúde física e mental. Auxilia no relaxamento, concentração, disciplina e socialização, além de aumentar a capacidade cognitiva, raciocínio e habilidades motoras. A prática também ajuda a fortalecer o contato com a natureza e a conscientização sobre a importância de cuidar dela.

Ao praticar atividades náuticas em grupo, os escoteiros desenvolvem habilidades de trabalho em equipe, diálogo, divisão de tarefas e responsabilidade, além de cooperação. Em estados como o Rio de Janeiro, onde alguns grupos já possuem embarcações, os escoteiros têm mais oportunidades de participar de atividades náuticas, aprimorando suas habilidades e prazeres de experiências em viagens nesse tipo de transporte.

O movimento escoteiro está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), comprometido em contribuir para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e garantir a paz e as prosperidades globais, prevê documento da Organização das Nações Unidas (ONU). As atividades ligadas ao desenvolvimento ambiental são incentivadas entre crianças e jovens, oferecendo experiências ao ar livre e oportunidade de aprender novas habilidades.

Os escoteiros do mar estão intimamente ligados ao meio marinho ou fluvial, reforçando a consciência da conservação de matas ciliares em rios, lagos e estuários. “A importância de conhecer e se engajar em ações de preservação ambiental, conservação marinha, manter articulações com órgãos e instituições com ênfase no meio ambiente, visitas e atividades de campo que ampliem a visão e a consciência de nossos membros juvenis e até mesmo de nós escotistas , famílias, cidadãos”, afirma Soares.

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