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DIA DA MULHER: A vivência das personagens femininas nos diferentes setores

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Uni7 Informa

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Há 40 anos, a luta contra as desigualdades de gênero mostra avanços, embora haja muita violência doméstica e familiar

Operárias, empreendedoras, professoras ou engenheiras. O espaço da mulher na sociedade foi ampliado durante o curso da história, mas isso não ocorreu de maneira fácil. Já no primeiro 8 de março comemorado como o Dia Internacional da Mulher, a greve das tecelãs de São Petesburgo, que impulsionou a Revolução Russa, foi um marco na data. Hoje, a luta por direitos sociais ainda não cessou – contra o assédio, pela igualdade salarial, pelo fim dos estereótipos etc. Protagonistas de vários caminhos, muitos trilhados com garra e superação, as mulheres podem e devem estar presentes em diversos segmentos, demonstrando que as habilidades não se limitam por gênero.

Com suas individualidades e anseios próprios, cada uma possui um posicionamento particular. Dentre as mulheres que compõem o ambiente do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7), várias compartilham diferentes visões sobre o universo feminino, preconceito e inserção no mercado de trabalho.

Nara VitalNara Vital da Rocha, microempresária
“A credibilidade no mercado de trabalho ainda está muito defasada para a mulher. Você vê que há homens que são mais bem remunerados, trabalhando até menos. Mas é o que a gente vê, principalmente quando fazemos algo que a sociedade diz que é “serviço de homem”. Às vezes, quando tem uma mulher policial, ou que trabalhe no SAMU, todo mundo fica admirado, como se fosse uma coisa de outro mundo. Bobagem, né, devia ser visto como uma coisa normal. Então eu acho que ainda tem muitos desafios, tanto no lado profissional quanto no lado social. É ruim saber que a mulher não pode andar sozinha, não pode se divertir sozinha, porque já julgam e falam mal. Isso não pode, mas trabalhar pode né? Trabalhar muito, por sinal. Tá muito atrasado.”

 

EdiliEdili Carneiro, estudante de Direito
“O meu curso, aparentemente, mostra ter um mercado grande para a mulher, mas é bem fechado ainda, tanto que os profissionais mais famosos e reconhecidos são homens. E ser mulher é algo que construímos todos os dias, a forma com que você fala, como se impõe, como enfrenta as situações. E é muito importante se impor, caso contrário nós somos atropeladas, nós somos minoria, mas ao mesmo tempo não somos. Tudo é uma questão de se impor.”

 

 

Marta AssisMarta Assis, secretária do CTI
“Pra mim, ser mulher na minha profissão é muito tranquilo, o ambiente de trabalho é muito bom, trabalho com outras duas mulheres e cinco homens. A gente tem uma afinidade muito grande e os homens são maravilhosos. Não vejo nenhum preconceito, ainda bem. Ser mulher na minha profissão é bom, porque como nós sabemos as mulheres sempre tem aquele “jeitinho” para resolver as coisas e contornar situações. Somos mais observadoras e organizadas, e é muito bom ser reconhecida por isso.”

 

 

Vilma AcioliVilma Acioli, secretária do VIVA
“Eu vejo a mulher conquistando muito espaço no mercado, e se duvidar há ambientes em que elas têm mais respaldo que os homens. Mas isso já é consequência de muita luta. Hoje, é mais comum ver uma mulher segura e autoconfiante em seu emprego, isso é lindo de ver. A mulher se sente reconhecida e valorizada, isso é muito importante para alguém que além de profissional, é mãe e dona de casa.”

 

 

Aglaiz SilvaAglaiz Silva, auxiliar de serviços gerais

“Ainda existe muito preconceito com as mulheres, já evoluiu muito, mas não quer dizer que esteja bom, não, tem que melhorar mais. Eu vejo a gente meio privada ainda, e não é só no trabalho, é em casa também. Falta muita liberdade para nós que somos tão guerreiras, a gente merece. Eu, por exemplo, nunca tive a oportunidade de estudar, meu pai achava que a mulher não precisava estudar, mas o homem precisava. Lá em casa eram 14 filhos, sete mulheres e sete homens, todos os homens estudaram, mas as mulheres não. Ele dizia que ‘mulher só é pra trabalhar em casa’. Então as conquistas de hoje, que a mulher conseguiu, são muito importantes para todas.”

KátiaKátia Patrocínio, professora do curso de Comunicação Social
“A mulher no mercado de trabalho ainda está um pouco em desvantagem em relação aos homens, não pela competência, porque a mulher tem se revelado cada vez mais competente para assumir cargos que antes eram apenas dos homens, e quando assumimos, realizamos essas atividades com muito mais fervor, porque já é uma característica nossa, essa dedicação. Então o grande desafio hoje de ser mulher é, o fato de ainda sermos responsáveis por atividades que antes eram só nossas, mas ainda continuam somente nossas. O trabalho acabou aumentando, porque além do profissional, não deixamos de ser mães, donas de casa, mulheres, esposas.”

Karol Saldanha
Suelen Mendonça
5º semestre

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