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CULTURA INDEPENDENTE: Projetos fazem do ambiente “underground” um lazer

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Com a ideia de proporcionar ocupação cultural ativa, movimentos liderados por moradores locais, agregam entretenimento fora dos padrões

Dois projetos sociais estão fomentando o cenário cultural de Caucaia autonomamente. Aldeia Hip-Hop, que trabalha os ideais do rap, break dance e graffiti, e Metroroots, voltado para a musicalidade e essência do reggae. Localizados no bairro Nova Metrópole, promovem eventos com apresentações musicais e dança, em espaços livres para todos os públicos. As batalhas de rimas que acontecem às quintas-feiras e as noites de reggae que ocorrem nos finais de semana. São alguns dos espetáculos que proporcionam aos artistas locais, a oportunidade de se apresentarem para um público maior, e à população de se divertir com um entretenimento local.

Afranio Mota do Nascimento, um dos fundadores da Aldeia, enxerga como principal objetivo do trabalho tornar-se referência na comunidade, além de “ter um movimento intenso de cultura, não só de hip-hop, mas de outras iniciativas”. No dia 13 de outubro ocorreu a 10ª edição do Sarau Consciência na Aldeia, que marcou os cinco anos de existência do coletivo.

Afranio Mota do Nascimento, um dos idealizadores da Aldeia Hip-Hop (sentado no canto direito da foto), público, artistas e organização, ao fim do 10° Sarau Consciência na Aldeia

A festa contou com música ao vivo, grafites feitos simultaneamente com apresentações, e também as habituais disputas de rima e dança. Paulo Braga, morador do bairro que estava presente, falou sobre a importância do evento. “A grande sacada é de tornar um lazer em oportunidade de inspiração para a produção de arte, ao mesmo tempo em que cria uma alternativa para as pessoas marginalizadas, com destaque para o público mais jovem”.

Ambas as atividades têm reconhecimento da vizinhança. Marcelo Sulliva, fundador do Metroroots, afirmou que o reggae acontece “porque todos estão de acordo e são muito bem recebidos”. No dia 19 de outubro, data que marcou o aniversário de dois anos da iniciativa, era ainda mais evidente a heterogeneidade dos frequentadores. “Os residentes da pista de skate (referindo aos skatistas) nos apoiam. A galera que só quer beber e curtir, a galera do rock, eles não perdem um reggae”, ressalta Sulliva.

Os movimentos funcionam de maneira autônoma, como disse Amanda Rodrigues, DJ e organizadora do Metroroots. “Somos totalmente independentes”. Por vezes, fazendo vaquinhas, como no caso da Aldeia, com a finalidade de ajudar na realização dos eventos ou reformar sua sede, na rua 210, n° 226, espaço que estava abandonado até 2017.

Amanda Rodrigues, DJ e organizadora do projeto Metroroots (de saia longa), dançando no aniversário de dois anos do projeto

Segundo Marcelo, a motivação “é sempre olhar a interação que as pessoas têm com as páginas (facebook e Instagram), e a presença delas aqui”. As ideias propostas e o impacto social gerado, mesmo sem qualquer apoio financeiro, são recompensados por meio do engajamento nas redes sociais e no dia a dia. “Apesar de rolar repressão com outros movimentos por aí, com a gente nunca rolou. Sempre foi de boa”, completa Nascimento.

Serviço:

Aldeia Hip-Hop (Rua 210, n° 226 – Conjunto Nova metrópole, Caucaia)

Metroroots (Pista de Skate do Metrópole, Av. de Contorno Oeste, 389 – Conjunto Nova metrópole, Caucaia)

Instagram: @aldeiahp

Acesso: Gratuito

Texto: Eduardo Andrade (3° semestre – Jornalismo/ UNI7)

Fotos: Jean Ribeiro

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