CRÍTICA: Ciro Gomes diz que conquistas estão ameaçadas
No encerramento do seminário Prefeitos, ele voltou a defender a exclusividade das atividades do pré-sal e criticou o governo interino de Temer
O ex-governador Ciro Gomes volta a acionar sua metralhadora giratória verbal. Desta vez, denunciou um desmanche no capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), chamou os membros da equipe do governo interino de canalhas, chefiados por Michel Temer e Eduardo Cunha, como chefe de Temer. Disse, ainda, que a entrega do pré-sal aos estrangeiros é motivo para os brasileiros pegarem em armas.
As declarações do ex-governador foram dadas a jornalistas, após fazer palestra de encerramento no seminário “Prefeitos Ceará 2016”, que terminou na terça-feira, 24, em Fortaleza. Ele criticou o presidente interino Michel Temer, que havia anunciado as primeiras medidas para a retomada do crescimento da economia. Dentre essas medidas, a devolução de mais de R$ 500 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aos cofres públicos, dos recursos repassados pelo Tesouro Nacional.
Para Ciro, o pagamento adiantado da dívida do BNDES aos cofres públicos, descapitaliza o banco e estrangula o que é necessário e inadiável para o desenvolvimento do País. Sobre o projeto de retirada da exclusividade de exploração do pré-sal pela Petrobrás, Ciro declarou: “A entrega do pré-sal aos estrangeiros, é coisa para brasileiro pensar em pegar em arma”. Sobre o vazamento dos áudios envolvendo o ex-ministro Romero Jucá, Ciro afirmou que o grande responsável por essa imprudência é o ex-presidente Lula por ter nomeado Jucá em seu governo. Na época, ele também foi afastado por denúncias de corrupção, e que Michel Temer montou uma quadrilha ao seu redor.
Segundo Ciro, o Brasil tem tudo para virar o jogo, mas está com suas conquistas ameaçadas. Disse ainda não acreditar em uma convocação para eleições gerais, pelo fato de não conquistar votos suficientes na Câmara e no Senado. “Teria que ser votado por três quintos da Câmara, cuja maioria é uma quadrilha liderada por Eduardo Cunha […] é coisa da Marina (Silva) para fugir da contradição”, finalizou.
João Ricart
4º Semestre