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COP 21: Especialista preocupado com produção excessiva das empresas

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Professor Alexandre Costa falou sobre mudanças climáticas às vésperas da reunião que discute o tema em Paris

Ambientalista, professor João Alfredo mediou o debate

Ambientalista, professor João Alfredo mediou o debate

Após a série de ataques terroristas, Paris volta ao noticiário internacional. Desta vez para receber a 21ª Conferência do Clima (COP 21), de 30 de novembro a 11 de dezembro. E foi este tema que o professor Alexandre Costa, da Universidade Estadual do Ceará, tratou na palestra “Mudanças Climáticas, COP21 e a Mobilização Mundial pelo Clima“, na Faculdade 7 de Setembro (FA7).

Na segunda-feira, 23, em dois horários, manhã e noite, ele enfatizou a preocupação com a produção excessiva de empresas, que extraem a matéria-prima dos seus produtos diretamente da natureza, e com seus efeitos colaterais para o meio ambiente.

Segundo Costa, as mudanças climáticas e suas consequências estão se revelando mais graves do que previam os cientistas. “Já é possível sentir, no Ceará, o começo dos seus impactos: secas cada vez mais prolongadas afetando não apenas o sertão, mas ameaçando o abastecimento de água nas cidades, ondas de calor, elevação do nível dos mares já desalojando comunidades tradicionais do nosso litoral etc.”, disse o professor.

Outros temas como efeito estufa, extinção de espécies e esgotamentos de recursos naturais, também foram debatidos por Alexandre Costa. Ele destaca que todos sabem as causas. “Elas não são naturais. O aquecimento global é provocado pelas excessivas emissões de gases de efeito estufa (principalmente CO2) a partir da queima de petróleo, carvão e gás, do desmatamento e de práticas agrícolas insustentáveis”.

Para os estudantes da FA7, o professor disse que é preciso pressão popular para evitar o caos ecológico

Para os estudantes da FA7, o professor disse que é preciso pressão popular para evitar o caos ecológico

Ele observou ainda que, muitas vezes, as grandes fábricas não dão o valor necessário que o meio ambiente merece receber para sobreviver. E que os governos não têm tomado as medidas necessárias para conter esse processo, preferindo não mexer nos interesses poderosos da indústria do petróleo, das empresas de energia, do agronegócio e das mineradoras. “Sem pressão popular, isso não vai mudar”, afirmou o professor Alexandre Costa, que atendeu convite do professor da FA7, vereador João Alfredo.

Colaborador do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e membro do Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, Alexandre Costa é professor, pesquisador e um dos autores do primeiro relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Mestre em Física pela Universidade Federal do Ceará, cursou doutorado em Ciências Atmosféricas pela Colorado State University e possui pós-doutorado pela Universidade de Yale. Foi gerente do Departamento de Meteorologia e Oceanografia da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. É professor titular da Universidade Estadual do Ceará.

Júnior Tavares
5º semestre

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