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AUDIÊNCIA PÚBLICA: Blogueira e ativista debate violência contra a mulher

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A blogueria Maria Frô criticou a burocracia e dificuldade de acesso para se fazer denúncias

A questão da violência contra as mulheres nas redes sociais. Este foi o tema da audiência pública apresentado pela blogueira Conceição Oliveira, conhecida na blogosfera como Maria Frô, no Complexo de Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa do Ceará, nesta terça-feira, 15. Com a discussão, a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania dá início aos debates, que têm o objetivo de despertar nas vítimas, a necessidade da denúncia.

Blogueira debate a violência contra mulheres nas redes sociais (Foto: Sindiprof)

Blogueira debate a violência contra mulheres nas redes sociais (Foto: Sindiprof)

O pedido para que a audiência fosse requerida partiu de um grupo de feministas históricas que fundaram, em Fortaleza, o movimento Mulheres do Ceará com Dilma. Apesar do nome, o movimento é considerado suprapartidário e conta com a participação de mulheres filiadas a partidos como PDT, PROS, PCdoB, PT, PMDB, e outras sem partido. A proposta da audiência partiu do grupo, por considerar que as violências virtuais praticadas contra a presidenta Dilma ferem as mulheres como um todo.

Para o debate, as feministas convidaram a Conceição Oliveira, conhecida na blogosfera como Maria Frô, homônimo de seu blog. Historiadora e pedagoga, Maria Frô considera-se ativista da educação para direitos humanos, igualdade étnico-racial e feminista. Revelou que, recentemente, sofreu violência virtual e optou por fazer, mesmo com dificuldade de acesso, denúncia no Ministério Público Federal (MPF).

“O que fiz foi começar a ir atrás das pessoas dentro do MPF e falar que esse email padrão não me serve. O que a polícia federal e a polícia civil deixam na internet não funciona. Então, a barbárie está institucionalizada e a gente não tem como se defender?” A dificuldade em realizar denúncias referentes ao caso foi um dos temas abordados pela blogueira.

Ela disse que, hoje, é muito difícil fazer uma denúncia. “O Ministério Público Federal tem, para os e-mails, uma resposta padrão, burocrática. Nada contribui para que a gente, mais agilmente, faça as denúncias e tenha algum tipo de consequências”, relata a blogueira. Mesmo com as adversidades, Maria Frô afirma que a melhor forma de se posicionar quanto à violência sofrida é denunciar.

A mobilização dos organizadores para a audiência foi feita aos representantes do Núcleo de Gênero do Ministério Público do Ceará, Delegacia de Crimes Virtuais da Polícia Federal, Delegacia de Defesa da Mulher, Coordenadoria de Mulheres do Governo do Estado do Ceará, Sindicato dos Jornalistas e outras organizações.

Letícia Alves
4º Semestre

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