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Artista da violência no Cine FA7

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Quentin Tarantino. (Foto: Divulgação)

Transformar violência em arte. Pegar elementos da cultura pop e misturar no liquidificador de viagens cinematográficas dentro da sua mente borbulhante. De rato de videolocadora a atendente, roteirista cult (e premiado), até autor de cinema. Este é o resumo do genial Quentin Tarantino, um realizador com nome e sobrenome que imprime sua marca a cada obra.

Em seus filmes sempre se pode esperar sangue, diálogos inteligentes e ferinos. Acompanhado de um elenco recheado, sem esquecer a trilha sonora – com músicas cuidadosamente escolhidas e as referências que, às vezes, só o próprio autor sabe que existe. Sua assinatura é tão forte que se tornou até referência em outros filmes. É comum quando se comenta outro filme que envolva violência, humor negro e cultura pop, chamá-lo de um filme ao estilo Tarantino.

E o mestre completou 50 anos. Numa forma de homenageá-lo, o Cine FA7 de maio traz uma programação dedicada exclusivamente às suas obras. “Escolhemos a temática deste mês baseada nos filmes de Quentin Tarantino, que é o tema violência de forma artística”, justificou Maria Adália, estudante de Publicidade & Propaganda da Faculdade 7 de Setembro, e curadora do mês.

Antes de ser diretor e roteirista consagrado pelo público e crítica, Tarantino vendeu seus primeiros roteiros para diretores americanos tarimbados, como Amor à Queima-Roupa (1993) e Assassinos por Natureza (1994). Curtiu também atuar em alguns longas e fazer brincadeiras no cinema com parceiros, como Robert Rodriguez, para quem cedeu o roteiro de Um Drink no Inferno (1996), que também atuou, e a dobradinha no projeto Grindhouse (2007) e em Sin City (2005) – como diretor convidado.

Adália justifica também o tema ao falar que Tarantino alcançou a fama rapidamente no início da década de 1990 por seus roteiros não-lineares, diálogos memoráveis e o uso de violência que trouxeram uma vida nova ao padrão de filmes norte-americanos. “Por trás da revolução de filmes independentes dos anos 90, é o de maior sucesso, tornando-se conhecido pela sua verborragia, seu conhecimento enciclopédico de filmes, tanto populares, quanto os considerados cinema de arte”, explica a curadora.

Para divulgar a programação de maio do Cine FA7 – e chamar a atenção dos alunos – será produzido um material que remete as referências visuais dos seus filmes. “Serão três cartazes com um fundo preto que terão um corte seguido com efeito de sangue escorrendo feito por uma Katana, espada japonesa muito rara usada pelos antigos samurais, que é o objeto mais relevante de um dos filmes mais famosos do diretor, o filme Kill Bill”, ressalta Adália. Para complementar, a estudante de Publicidade destacou que a cor dos títulos dos filmes no cartaz será amarelo, pois esta cor está presente nas três capas dos filmes que serão exibidos.

PROGRAMAÇÃO (Às quartas, 11h20)

Cães de Aluguel, 1992. (Foto: Divulgação)

Dia 08/05: Cães de Aluguel (Reservoir Dogs, 1992). 99 minutos. Prêmios: Grande Prêmio do Júri em Sundance; Prêmio internacional da Crítica em Toronto; Un Certain Regard em Cannes;

Sinopse: após um roubo mal sucedido numa loja de jóias, um grupo de assaltantes reencontra-se em um galpão abandonado. O conflito surge quando surge um clima mútuo de desconfiança, com a possibilidade de haver um traidor entre eles. Enquanto a história é recontada, o sangue e a tensão crescem até o engenhoso tiroteio final. Cena mais forte: tortura, banho de gasolina e uma orelha decepada. Diálogo inesquecível: divagações sobre o significado da música “Lika a Virgin” de Madonna.

Pulp Fiction, 1995. (Foto: Divulgação)

Dia 15/05: Pulp Fiction – Tempo de Violência (Pulp Fiction, 1995). 154 minutos. Prêmios: Globo de Ouro e Oscar de melhor roteiro original – Indicado ao Oscar de melhor filme e diretor; Palma de Ouro em Cannes – melhor filme;

Sinopse: com uma trilha sonora inesquecível, várias histórias se entrelaçam na vida de personagens do submundo do crime nos EUA. dois assassinos profissionais devem fazer a cobrança para um gângster; um deles é forçado a sair com a namorada do chefe; Um lutador de boxe vê-se em apuros por ganhar a luta que deveria perder; E um assalto frustrado numa lanchonete entre idas e vindas no tempo. Cena mais forte: após uma overdose, a reanimação a base de adrenalina direta no coração. Diálogo inesquecível: Samuel L. Jackson recita “Ezeqiuel 25:17” antes de fuzilar mais um.

Kill Bill, 2003. (Foto: Divulgação)

Dia 22/05: Kill Bill – Vol. 1 (Idem, 2003). 111 minutos; Prêmios: indicado ao Globo de Ouro de melhor atriz (Uma Thurman); Indicado a melhor filme e diretor pela OFCS;

Sinopse: após ser atacada por Bill e a Esquadrão Assassino Víboras Mortais – assassinos profissionais, a noiva entra em coma por quatro anos. Ao acordar promete vingança uma a um, com um alvo final: matar Bill. Cena mais forte: um olho arrancado após uma luta brutal dentro de um trailer. Diálogo inesquecível: “A vingança é um prato que se come frio”.

(Daniel Herculano)

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