16ª FEIRA: Marcos Montenegro conta sua trajetória da faculdade à TV
Graduado pela UNI7 em 2011.1, o jornalista voltou à instituição para um bate-papo e contou passo a passo de sua entrada no mercado de trabalho
O jornalista e apresentador Marcos Montenegro participou da 16ª feira de profissões do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7), nesta sexta-feira, 25. Na conversa, falou aos alunos do curso de Comunicação Social e aos alunos do Colégio 7 de Setembro, sobre sua passagem em diferentes meios de comunicação, como estagiário ou não, até chegar à TV Verdes Mares, filial da Globo no Ceará, onde hoje é apresentador do CETV.
Montenegro orientou os alunos a não se acomodarem e a serem proativos nos lugares em que atuam – faculdade ou estágio, e a superarem as frustações que a profissão causa. “O jornalismo é um exercício diário de frustação. Você corre atrás, faz um texto massa, pega imagens diferentes… quando vê no ar, o material está todo diferente, cortado. Sempre vai ter um defeito. O seu trabalho nunca vai estar excepcional.” Ele disse que o jornalista precisa estar pronto para o inimaginável e ter humildade para reconhecer o erro, entender e sair da zona de conforto. “Tem que correr atrás, igual a todo mundo”, diz.
Dos meios de comunicação que atuou estão rádio O Povo – CBN, Coelce, TV Jangadeiro, Globo Esporte e Esporte Interativo, onde assumiu múltiplas funções como motorista, produtor, editor, repórter e cinegrafista e relembra a entrevista que fez com Magno Alves, na época de sua chegada no Ceará. “Passei mais de um mês tentando marcar a entrevista. Consegui. Depois de um treino, esperei 30 minutos por ele. Montei o tripé. Chamei para gravar uma chamadinha. Gravei a entrevista todinha, enorme, ele falou muita coisa bacana. Cheguei em casa e fui passar a entrevista para o computador e não tinha gravado nada. Simplesmente, não apertei o rec.”
O jornalista destacou sua trajetória em sete características: proatividade, curiosidade, fome, frustação, paciência, capacidade e humildade, e falou “todos os lugares que entrei, não entrei onde queria entrar. Entrei por outros caminhos. Era a vaga que tinha e não neguei nenhuma.” Marcos ressalta que o interesse é essencial, e que nem sempre tudo estará ao seu favor. Ao longo de sua carreira, não teve um cenário idealizado, sem equipe e materiais suficientes, e que muitas vezes usava apenas a canopla para as reportagens.
E, antes de encerrar, declarou sentir saudades de estar nas ruas, como repórter e mostrou uma matéria sobre a morte do cantor Belchior, quando foi atrás de vídeos arquivados dele nunca mostrados antes. Para resumir a manhã, Montenegro usou a frase de Belchior “Não faça como eu, invente” e completou: “Não se contente com pouca coisa”.
TEXTO: Bruna Ramos (2º semestre/ Jornalismo – UNI7)
FOTOS: Giovanna Rodrigues (4º semestre/Publicidade – UNI7)