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PAUPINA: Moradores do bairro sofrem com a falta d’água

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Reportagens, Texto

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População reclama que a água não tem força para chegar às caixas, enquanto Cagece alega não ter registro de ocorrência

Quase toda noite os moradores da Paupina precisam esperar até meia noite ou acordar antes das 6 horas da manhã, na expectativa de encher baldes para armazenar água para o dia. Essa rotina é comum no bairro: pelo menos uma vez no mês a água não tem força suficiente para subir às caixas d’água.

Março, 2012 moradores da Paupina fazem fila no chafariz do bairro para encher baldes e bacias (Foto: Erikson Amaral)

Março, 2012 moradores da Paupina fazem fila no chafariz do bairro para encher baldes e bacias
(Foto: Erikson Amaral)

Para João Dernivan Pará de Souza, 45, marceneiro, morador da Rua Menino Jesus, a água demora muito mais para encher sua caixa d’água, pois fica em cima do banheiro do 2° andar. “Às vezes, lá pelas 22 horas, escuto a caixa enchendo, mas, pela manhã, só dá para tomar banho, depois ela acaba”, disse Dernivan. Ele lembra que, ano passado, teve de comprar uma caixa de plástico e um motor, na tentativa de fazer a água subir pra a caixa principal. “Encho os baldes, colocou a água nessa caixa de plástico e depois ligo o motor para encher minha caixa”, explica Dernivan. Esse tipo de cisterna é bastante utilizado em outras casas. Outra saída que os moradores encontram é comprar um motor para puxar a água da própria torneira até a caixa d’água.

A situação da auxiliar administrativa Tais Lucas Brito, 21, moradora da Rua Santo Antônio, pode ser ainda mais complicada. Na residência, que é alugada, não tem caixa e depende diretamente da água da torneira. Possui apenas um botijão de plástico para armazená-la, caso venha a faltar, que é bem comum.

Moradores x Cagece
De acordo com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), a falta de água ou baixa pressão no bairro Paupina, não teve registros por parte da população nesse local. A comunidade diz que já está acostumada com isso. E as chamadas telefônicas para a Cagece não davam resultado quando o problema era mais intenso, por isso as pessoas deixaram de ligar.

A Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (ACFOR), que tem como um dos objetivos a fiscalização de serviços públicos de água potável, informou que não há reclamações em 2014 deste problema na ouvidoria.

Março, 2014 água com baixa pressão depois das 6 horas da manhã na Rua Menino Jesus da Paupina (Foto: Erikson Amaral)

Março, 2014 água com baixa pressão depois das 6 horas da manhã na Rua Menino Jesus da Paupina (Foto: Erikson Amaral)

“A Cagece orienta aos moradores que reclamem para a Companhia, pelos canais de atendimento, quando estiverem passando por esse problema, a fim de que seja averiguado e solucionado, se for o caso”, afirma Janaina Taillade, assessora de comunicação da Cagece.

A Cagece informou ainda que concluiu, em 2013, uma adutora com objetivo de aumentar o aporte de água para a região de Messejana e entorno. A obra recebeu investimento de cerca de R$ 16,1 milhões, beneficiando 470 mil habitantes em 14 bairros, com o assentamento de 12,8 km de tubos. A obra foi feita para suprir a necessidade de água ocasionada pelo crescimento demográfico da área.

Serviço:
Central de Atendimento/Ouvidoria da Cagece: 155; 0800 275 0195; 31011735, 31011918
ACFOR: (85) 31316022

Erikison Amaral
3° Semestre

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