Notícias

COMÉRCIO DIGITAL: Jovens se destacam por vender seus produtos na web

Categoria:

Texto

0

O Sarau na Praça ocorre uma vez ao mês na Gentilândia - foto por Átila Frank (1)

O mercado informal online vem crescendo entre a juventude de Fortaleza. A liberdade e independência desse tipo de transação são uns dos principais atrativos

 

Vender pela internet vem se tornando uma forma que jovens encontraram para ter uma renda extra para incrementar o orçamento. E vale vender de tudo: roupas, acessórios, quadros, zines e comida. Esse tipo de comércio tem a vantagem de ser feito diretamente com o vendedor, não tendo custo com entrega e loja física. A transação ocorre diretamente pelas redes sociais, desde divulgação àcompra. O comércio digital informal vem crescendo bastante em Fortaleza, principalmente com jovens entre 16 e 25 anos. São eles mesmos que consomem e alimentam esse tipo de mercado.

A Lele’s Brechó é a loja da Leandra Érica, 18. Por meio das redes sociais – principalmente WhatsApp e Instagram – ela comercializa diversos tipos de acessórios, desde pulseiras e anéis a camisas em estilo indiano e vestidos. Leandra conta que já havia tido uma pequena loja digital com uma amiga em 2011, que acabou não seguindo adiante. Após terminar o Ensino Médio, ela resolveu montar uma nova loja por conta própria.

Além da loja, ela ainda divide o tempo com o seu trabalho na área de produção de eventos. Por trabalhar à tarde, sempre reserva pelo menos duas noites por semana para fazer a entrega dos produtos da Lele’s Brechó. Essa entrega é feita quase sempre em shoppings, diretamente com o cliente, com a vantagem de não cobrar taxa de entrega. As compras são feitas a dinheiro ou cartão. Ela diz que chega a entregar produtos para uns 20 a 50 clientes por vez.

Já a Yara Viana, 20 anos, entrega os alfajores da sua loja virtual na casa do cliente, mediante o pagamento de uma taxa. Ela é a dona da Eldorado Alfajor, uma pequena empresa criada em parceria com o seu namorado, com doces feitos por eles mesmos.

“As vantagens de se ter uma lojinha online é que você pode se comunicar com pessoas de bairros diferentes e adquirir clientes que nunca pensou em conhecer na vida”, explica Yara, “As pessoas conhecem os seus produtos através de fotos e redes sociais e, assim, acabam divulgando o nome da sua marca”.

Também no ramo do pequeno comércio digital está Isabelle Pertenelli, 21, com a Sereia Loja. Como o próprio nome diz, a sua loja possui a temática de sereia e outras figuras marinhas, com produtos pensados e desenvolvidos por ela mesma. A ideia de vender suas produções nas redes sociais começou quando ela estava precisando juntar dinheiro para fazer uma viagem. Tudo deu certo e a viagem ocorreu. Ao voltar, percebeu que ter uma loja online era uma excelente forma de obtenção de renda.

Leandra e Isabelle são amigas e ajudam uma a outra com suas lojas. Inclusive, juntas, elas fazem um evento, – que ocorre uma vez ao mês – sempre nas tardes de domingo, o Sarau na Praça. Esse evento se originou a partir de um pequeno piquenique que elas realizavam, com a ajuda de alguns amigos, como forma de divulgar as suas marcas, na Praça da Gentilândia. Com o tempo, foi crescendo e mais jovens comerciantes foram se juntando. O pequeno piquenique se tornou um sarau com música, outras artes diversas e comércio de roupas, acessórios, quadros, zines e comidas veganas.

Leandra possui planos de transformar a Lele’s Brechó em uma loja física. Já Isabelle prefere manter a Sereia Loja no campo online, principalmente pelas vantagens que esse tipo de comércio informal possui de dar uma flexibilidade de horários e baixos custos em cima do produto vendido.

Todos os exemplos e casos citados são de lojas com certa experiência e nome já conhecido na área. Kyara Araújo, 16, porém, está entrando agora nesse universo do comércio digital informal. Ela iniciou uma marca de camisetas personalizadas chamada Dwelms. Com a ajuda de um amigo, surgiu a ideia de criar uma loja independente com artes originais. As vendas são solicitadas pelo Minestore e as entregas feitas via PAC ou SEDEX.

“Comprar de lojas online é bom, porque, além da rapidez, nós consumidores ficamos mais próximos dos vendedores. Por exemplo, se há o caso de trocar um produto, não tem toda aquela burocracia e estresse de uma loja física”, afirma Matheus Cosmo, 18 anos, cliente da Lele’s Brechó.

Esse comércio informal possui a vantagem de vender produtos baratos, justamente por não ter custos com loja física, além da transação e da entrega ocorrerem diretamente entre vendedor e cliente, por meio das redes sociais. E, por se tratar de produtos fabricados pelos donos das loja, – como no caso da Isabelle, da Yara ou da Kyara – o custo sobre o produto fica menor. Por outro lado, por se tratar de um comércio online, existe a desvantagem de não ter um controle e segurança de que o cliente aparecerá no local marcado para a entrega do produto.

Átila Frank
6º semestre

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

12 − 3 =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.