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289 ANOS DE FORTALEZA: Fazer o bem, faz bem

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Reportagens, Texto

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Uma pessoa com o desejo de divulgar boas histórias. A união que se transformou em um canal de acesso a informações sobre instituições e ações sociais

Publicitária, jovem, 27 anos e bonita. Kelly Cristina poderia ser mais uma pessoa em meio à multidão, vivendo em função do crescimento pessoal e profissional, objetivando o dinheiro e, por vezes, reclamando dos problemas ao seu redor. Ela, porém, fugiu da comodidade e resolveu fazer a diferença.

Kelly não teve na infância qualquer exemplo familiar de doação e ajuda ao próximo. O amor nunca lhe faltou, mas o interesse em se dedicar à caridade ela deixa claro que surgiu naturalmente. Então, quando conseguiu o primeiro emprego, decidiu dar parte do seu salário para uma casa de idosos. Infelizmente, isso durou apenas dois meses e a ideia da caridade por meio do dinheiro foi esquecida.

Apenas em 2012, no terceiro emprego, Kelly viu seu interesse em retribuir para a sociedade o que lhe foi dado, torna-se realidade. Em uma conversa com Isabelle, amiga voltada para a causa de proteção aos animais, as duas idealizaram a Revista Fazer o Bem. Uma revista online, sem fins lucrativos com o intuito de difundir histórias de superação, bondade e doação. E não demorou muito para outros amigos conhecerem e se unirem ao projeto. O site e revista ficaram voltados para a apresentação de organizações locais, e as redes sociais na divulgação de atividades de toda parte.

Mas, conciliar trabalho e estudos, com a causa dificultou o andamento da revista, que em 2013 parou. Nesse período, Kelly ficou voltada para a comunicação das ações por meio das redes sociais, como Facebook. As coisas só mudaram quando ela passou a morar com Palloma Lopes. A amiga, analista de Sistema, deu cara ao site, vida às ideias e, como Kelly brinca, “a Palloma veio para mudar. Falei do projeto e ela sentiu pena de mim, entrou para a revista”.

No quarto emprego, Kelly conheceu Ana Policarpo e Carol Loureiro, que se aliaram ao projeto. Com uma equipe de 11 pessoas, mas efetivamente oito ativas, foram acertadas regras de acordo com as necessidades individuais de cada colaborador. Tendo um calendário já pré-estabelecido, eles doam do salário uma pequena quantia para um fundo de estadia do site e desenvolvimento das ações, e individualmente cada membro tem sua função definida, como, por exemplo, a manutenção do Facebook, responsabilidade de Kelly e Ana, e o Instagram, a cargo de Carol.

Nas reuniões feitas em um quarto que virou uma espécie de escritório na casa de Paloma, atualmente, além da revista, com duas edições por ano, a equipe foca seus trabalhos no desenvolvimento de atividades e intervenções pela cidade de Fortaleza. Seja em parceria com alguma organização ou em ações fáceis, como na distribuição de abraços grátis, os famosos Free Hugs.

O fato é que ,desde o início do movimento, a equipe não só proporciona o bem para os outros, mas principalmente recebe o benefício e repara mudanças positivas na vida de cada um. Prova disso é a visão de Palloma. Ela percebeu que se tornou mais humana, começou a ver as coisas de maneira diferente, notando o que há errado e como pode ajudar.

E situações para caracterizar o privilégio conquistado não faltam. Em uma distribuição de chocolates, no Dia Internacional da Mulher, na Feira de Artesanato da Beira-Mar, uma senhora ficou tão surpresa ao receber o presente que chegou a tirar uma foto para mandar para o filho. “Foi gratificante! A experiência é boa para quem recebe, mas é melhor ainda pra gente”, disse Kelly, com um sorriso largo depois de relembrar essa história.

O grupo, dessa forma, também se surpreende não só com as reações momentâneas das intervenções, mas, sobretudo, com os e-mails recebidos. Porque de pessoas que em união realizam um trabalho, visto de maneira simples por muitos, a revista passou a ser para outros indivíduos, um motivo de incentivo para montar seus próprios projetos.

A equipe faz das dificuldades enfrentadas, portanto, um motivo para superar e conseguir vencer os obstáculos. Por mais difícil que seja manter o sonho, com os colaboradores permanecendo sem a intenção de ganhar dinheiro ou possuir influência religiosa e filiação partidária, eles dedicam-se para alcançar as metas na efetuação de boas ações pela cidade.

Por isso, para o aniversário de Fortaleza, o grupo da Revista Fazer o Bem deseja mais empatia entre as pessoas, e Kelly ressalta: “A gente tem uma visão de que para ajudar o próximo se precisa de muito, mas não é isso”. Já Jessika Thaís, editora-chefe, enfoca o cuidado com próximo, pois a partir disso se desenvolverá o resto para a geração de gentileza e bem comum.

Imagem de Amostra do You Tube
Como colaborar?
Qualquer pessoa pode ajudar a Revista Fazer o Bem. Seja com a colaboração de textos, atualização de eventos e parceria nos projetos por meio do e-mail [email protected]

Saiba Mais
Para conhecer mais sobre a Revista Fazer o Bem visite os interessados podem visitar o site ou entrar em contato pelas redes sociais Facebook e Instagram.

Alguns membros da RFB. Da esquerda pra direita: Ana Policarpo, Kelly Cristina, Palloma Lopes e Jessika Thaís (Foto: Bárbara Rios)

Alguns membros da RFB. Da esquerda pra direita: Ana Policarpo, Kelly Cristina, Palloma Lopes e Jessika Thaís (Foto: Bárbara Rios)

Bárbara Rios
6º Semestre

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