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ANDREA ARAUJO: A paixão como sucesso no mundo competitivo

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Designer e jornalista diz que é preciso ter amor pelo que se faz, pois grande parte da vida está na profissão

Andrea Araujo, gestora do Núcleo de Conteúdo e Negócios, do jornal O Povo (Fotos: Raquel Rodrigues)

Andrea Araujo, gestora do Núcleo de Conteúdo e Negócios, do jornal O Povo (Fotos: Raquel Rodrigues)

Andrea Araujo é gaúcha de Palmeira das Missões, no Rio Grande do Sul. É formada em Design e Jornalismo. Já foi professora de Publicidade e Jornalismo da Faculdade 7 de Setembro (FA7), e é também especialista em Comunicação e Mídia Contemporânea.

A profissional desenvolve design editorial e publicitário. No jornal O Povo já trabalhou na Editoria de Arte e atualmente é editora-executiva do Núcleo de Conteúdo & Negócios no Grupo de Comunicação O Povo. Foi por meio do conhecimento e da sua experiência, que obteve informações de como o jornalista se vê nesse mundo da comunicação. Nesta entrevista ao Quinto Andar, Andrea relembra passagens marcantes na sua vivência profissional e chama atenção para as mudanças na área do design, principalmente.

Quinto Andar – Na sua trajetória profissional, o que mais contribuiu para se destacar no jornalismo? Como obteve sucesso nesse mercado tão competitivo?
Andrea Araujo: Tive formação nas duas linguagens, design e jornalismo. Quando trabalho, não vou trabalhar o design pelo design. Vou trabalhar o design pelo conteúdo da informação. Por isso, essa visão é importante, da forma e do conteúdo. Não é a arte pela arte, design pelo design, conteúdo pelo conteúdo. A gente tem milhões de informações distribuídas por aí, no papel, na internet. Mas, o importante é como você vai passar esse conteúdo. Acho que um dos aspectos mais importantes para você ter sucesso nesse mundo tão competitivo é a paixão. Se não tiver paixão, com certeza, você não anda.

QA – Quais foram os piores melhores e piores momentos que você viveu como jornalista ou designer?
AA: Um dos melhores momentos que vivi, foi quando tive a oportunidade de desenvolver o projeto gráfico do jornal O Povo junto com o Mário Garcia [designer cubano, naturalizado norte-americano], em 1997. Na época, o Mário Garcia era o papa do designer de jornais no mundo. Nesse período eu era subeditora editora de arte na redação. Comecei como estagiária, ilustradora, e depois de subeditora, fui editora de arte. Há três anos, me convidaram para ser uma das gestoras do Núcleo de Conteúdo & Negócios. E esse foi um momento muito feliz. Um momento difícil, foi quando o Dr. Demócrito Rocha faleceu, e tive o desafio de fazer a capa do jornal do outro dia. Lembro que deixei a capa do jornal toda azul, fiz um D bem grande, de Demócrito, na capa, e inseri várias frases emocionanetes dos funcionários falando sobre ele. Foi bem difícil.

Andrea Araujo ao lado de uma das revistas que edita para o jornal O Povo (Raquel Rodrigues)

Andrea Araujo ao lado de uma das revistas que edita para o jornal O Povo (Raquel Rodrigues)

QA – Como você analisa o jornalismo/designer hoje e as principais diferenças com outras épocas? O que melhorou e o que piorou?
AA: Hoje você tem muita liberdade para ser bastante ousado. O designer de notícias tem que estar muito afiado com o conteúdo, com a concepção. Quando comecei a trabalhar no jornal, no final da década de 1990, o design não era totalmente digital. O repórter ainda usava a máquina de escrever e tudo era à base de past up [montagem de qualquer peça gráfica para arte final]. A gente fazia as artes, mas tudo era copiado e colado. Havia ousadia, criatividade, mas muitas limitações. E se você der uma olhada no jornal, desde do seu início, vai perceber que ele sempre foi audacioso. Em alguns momentos, mudou o lugar da logomarca, pegou as palavras e estourou as manchetes na página. Mas, ao longo dos anos, com as novas tecnologias, é claro que ficou tudo mais fácil. Ganhamos time. Hoje você consegue fazer muito mais coisa com muito menos tempo.

QA – O que você pensa sobre o futuro do jornalismo no Brasil e, em caso particular, no Ceará?
AA: Estamos passando por uma grande transformação. Temos uma grande mudança em relação às mídias sociais. Agora, penso que o mais importante não é se o conteúdo está no papel, na TV, na Web etc. O mais importante é que nós somos produtores de conteúdo. É importante a forma de distribuir esse conteúdo, seja qual for seu leitor, a faixa etária, classe social. Creio que esse é o grande “boom”. Penso, no entanto, que ninguém descobriu ainda a fórmula, mas estamos caminhando nessa busca.

Imagem de Amostra do You Tube

Raquel Rodrigues
(Texto, fotos e audiovisual)
5º Semestre

 

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