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MÃES: Reconhecer o valor das guerreiras na luta cotidiana da jornada de trabalho

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Professoras de Comunicação da UNI7 relatam suas experiências de amor e educação dos filhos tendo suas especialidades profissionais como aliadas

De segunda a sexta, de semestre em semestre, professoras de diferentes realidades e vivências compartilham toda sua atenção e experiência com uma geração de jovens que, em grande parte, tem nessas profissionais suas maiores inspirações. Todo a paixão e empenho que observamos nessas educadoras ganha maior admiração quando a conhecemos como mães.

Dia de mãe é todo dia, não há do que discordar. Mas esse é o momento de ter outra visão dessas mulheres que esteja além da sala de aula. Uma visão que é construída diariamente para um público fundamental: seus filhos. O QUINTO ANDAR conversou com mães professoras do curso de Comunicação para saber o que movimenta esse afeto e como a Comunicação faz parte desse ambiente familiar.

ANA MÁRCIA DIÓGENES

Hoje, com os filhos adultos, Ana Márcia tem uma rotina mais tranquila (Foto: Facebook)

Jornalista e professora do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7), Ana Márcia Diógenes explicou a responsabilidade que a mãe tem em educar os filhos, pois serão a próxima geração de profissionais e pais. Para ela, o caráter dos filhos, no futuro, depende da forma como são criados, uma vez que nascem livres de qualquer personalidade e a mãe, em especial, “molda” esses indivíduos. “A responsabilidade é grande. Entregamos esses seres para o mundo”, lembra.

Ana diz ter uma rotina mais tranquila agora, depois que seus filhos cresceram. Recorda, porém, o quanto foi difícil quando Juliana e João Miguel, seus filhos, hoje adultos, eram pequenos e tinha que adequar o jornalismo à maternidade. Segundo ela, sua mãe, Socorro, a ajudava e isso foi essencial para que conseguisse.

A professora disse ainda que sempre adequou o que aprendeu com sua mãe, enquanto filha, na criação de seus filhos. Para ela, ser mãe é sempre um aprendizado e o resumo disso tudo é amor.

NILA BANDEIRA

Nila se inspira nos princípios que teve com sua mãe na criação de Maria. (Foto: Arquivo pessoal)

Para a professora e coordenadora do curso de Design, Nila Bandeira, do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7), a maternidade é a realização de um desejo intenso e um enorme desafio, que só é possível superar com muito amor, palavra à qual ela definiria “mãe”.

Mãe de Maria, um aninho, ela diz que é difícil conciliar vida profissional e a maternidade pelo fato de sempre querer estar perto de sua filha. Ela afirma, no entanto: “nos sentirmos produtivas profissionalmente é importante para o nosso bem-estar diante dos nossos filhos”.

Ao se avaliar como mãe, ela acredita ser uma aprendiz e revela ter influência direta do que viveu com sua mãe na educação de Maria.

TEXTOS: Vitória Barbosa (2º semestre – Jornalismo/UNI7)

MOEMA BRAGA

Moema precisou se dividir para conciliar casa, maternidade e trabalho, mas afirma “é legal”. (Foto: Instagram)

O significado que Moema Braga dá para o ato de ser mãe é dedicação e entrega. Segundo ela, o aprendizado progressivo é fruto da maternidade e afirma que é preciso olhar o outro como de fato ele é, tentando compreendê-lo. “Quando somos mães, devemos fazer esse exercício de forma constante”.

A filha Betina, 3, a fez mudar sua perspectiva de vida. “Minha vida ganhou outro sentido”. Moema começou a pensar em outras coisas, além do trabalho, da carreira e no que irá deixar como legado para a filha. Aceitar os outros como eles são e aprender com o próximo são as heranças que ela quer deixar para Betina. “Que ela não perca a alegria de viver”, completa.

A professora tenta equilibrar a carreira com o lado materno, para que assim possa sentir-se feliz por completo e revela querer apoiar a filha no que ela decidir. “Ela vai ser o que ela quiser.” Como mensagem à filha ela diz: “Que ela tenha esperança e veja a vida com um olhar de possibilidades.”

TALITA GUIMARÃES

“Sou muito presente na vida dela”, diz Talita sobre convivência com a filha. (Foto: Instagram)

Ser mãe para Talita Guimarães é uma explosão de amor que só aumenta. “É bem brega, mas acho que é isso mesmo.” Ela confessa nunca ter tido um desejo pulsante em ser mãe, mas declara que sempre imaginou que um dia seria. “Eu não tinha pressa”.

A professora diz que sua rotina é para endoidar. “Tem dia que acordo às 5h30, preparo ela, deixo na escola e passo o dia na faculdade. Saindo daqui, a pego, almoçamos, dou banho e boto pra dormir. Volto para a faculdade, saio 22h40. Chego, vou jantar e trabalhar depois, provavelmente”.

Respeito é a mensagem principal que Talita quer deixar para a filha Thaís,3. “Que ela respeite as escolhas de vida dela e se afaste das pessoas que não a respeitam de alguma forma. Que ela se respeite e seja feliz dentro desse contexto.”

TEXTOS: Bruna Ramos (2º semestre – Jornalismo/UNI7)

KÁTIA PATROCÍNIO

Para Kátia, a ajuda da família foi essencial ao conciliar a carreira com a maternidade (Foto: Matheus Castro)

A jornalista e professora Kátia Patrocínio entende que há momento e hora para conciliar a maternidade e a vida profissional, além das dificuldades. “É difícil no sentido de que a profissão – independente qual seja – acaba exigindo um pouco de nós, mães, então foi difícil. Muitas vezes tive que ficar ausente dos meus filhos”.

Cada mãe tem seu modo de criar os filhos e adequar sua vida a eles. Para Kátia, o essencial foi a ajuda da família, em especial da mãe. “Tive muita sorte, porque morava vizinho à minha mãe. Ela é a segunda mãe deles e cuidou muito bem. De certa forma ficava tranquila no sentido que sabia que eles tinham uma pessoa que os amava muito e que tinha muito esse cuidado no momento em que estava ausente’’, reconhece.

A profissão, assim como a maternidade, são pontos importantes da vida de Kátia e andaram lado a lado. Como muitas mães, alternam entre a família e o trabalho. Por isso, ser mãe não podia significar outra coisa para a professora a não ser amor. Pela vida, pela família, pelos filhos, pela profissão. “O grande barato é que você começa a incluir as crianças nas suas atividades e aí se torna cada vez mais prazeroso”, concluiu.

MORGANA BAVARESCO

Morgana acredita que uma pessoa bem organizada consegue otimizar melhor o seu tempo (Foto: Matheus Castro)

A maternidade não é uma tarefa fácil. Organização, no entanto, é a palavra de ordem para a professora e publicitária Morgana Bavaresco. Ela explica como foi conciliar a carreira profissional com a gravidez. “Trabalhava em agência na época que fiquei grávida. Tenho uma filha e não foi complicado. Porque depois que estamos no mercado de trabalho, aprendemos a nos organizar, de certa forma. Também já era dona de casa, esposa, tinha minhas amigas, então a gente acaba se organizando para atender todas as demandas possíveis”.

Considera que dividir esse tempo entre o lado maternal e o profissional é importante. “A principal fórmula é dar um pouco de qualidade, você estar 100% no momento em que está com sua filha. Aproveitava, então, ao máximo os momentos que tinha com ela, independente de não ter 100% do meu tempo livre porque nunca deixei de trabalhar. Acho importante isso, até para o desenvolvimento dela, e entender que é assim que funciona”, ressaltou.

Uma das dificuldades, porém, que lembra é a nova rotina a ser encarada. Morgana mudou bastante seus hábitos sociais, como começar a assistir filmes infantis por causa da filha ou procurar inclui-la em seus eventos.
A definição de ser mãe é uma variável entre todas, pois cada uma apresenta um diferente ponto de vista acerca dele. Para a professora, doação não poderia representar melhor o significado de maternidade. “Passamos a ter um pouco de qualidade de vida, na verdade, depois que a gente é mãe”, enfatizou.

TEXTOS: Matheus Castro (4º semestre – Jornalismo/UNI7)

EULÁLIA CAMURÇA

“Importantíssimo e fundamental, afinal é afeto o que nos move”, relata Eulália sobre a paixão pelo trabalho e pelo filho” (Foto: Acervo Pessoal)

A transmissão de conhecimento pelo diálogo é uma ferramenta básica da comunicação. É a partir dessa possibilidade que o garoto Benício Marques, de 5 anos, vai gradualmente recebendo suas primeiras noções sobre o mundo graças a sua mãe, a professora e editora de Telejornalismo da TV Verdes Mares Eulália Camurça. Graças ao jornalismo e seu método de observação, há a possibilidade de fazer compreender complexidades da nossa época.

Tão fundamental como prezar pela ética na profissão, é utilizar esses recursos na formação de uma criança. “A comunicação é fundamental para a formação dos nossos filhos. O diálogo sempre foi a melhor maneira de educar, especialmente diante de gerações que se conquistam pelo argumento”, explica Eulália. Tudo isso com doses de amor e afeto: “Importantíssimo e fundamental, afinal é afeto o que nos move. Como disse uma vez Lúcia Santaella em uma palestra que assisti: o que resta é o afeto”.

Isso não significa, porém, que seja um atrativo para que o filho siga a profissão: “Desejo a felicidade dele em qualquer área que pretenda seguir. Espero o universo dê a ele também a oportunidade de ressignificar e reeditar as decisões quando entender para que possa se realizar não apenas como profissional, mas como ser humano”.

VÂNIA TAJRA

Vânia não esconde a admiração que tem pelos filhos: “Tenho certeza de que pelos meus filhos tenho um amor incondicional” (Foto: Facebook)

O empenho impecável na hora de ensinar seus alunos é marca registrada nas aulas de Vânia Tajra. O alicerce do seu trabalho como professora e jornalista, ela admite, é a família. No decorrer dos seus 32 anos de carreira, é prazeroso para Vânia ter o retorno dos seus 3 filhos (Victor,28, Mariana, 25, e Laís Tajra de Castelo Branco, 21) sobre suas matérias na Rádio Universitária FM. Algo que ela acredita ser o reflexo de sua preocupação com a ética na profissão.

“Trago esses valores desde sempre. Pela minha mãe e minha irmã tenho um carinho enorme. Tenho certeza de que pelos meus filhos tenho um amor incondicional”, esclarece. Seu trabalho como professora também é motivo de orgulho dos seus filhos, uma vez que eles são amigos de alguns dos alunos de Vânia.

Pode-se dizer que sua filiação anda bem encaminhada. Victor é formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Ceará. Na mesma instituição estudam Mariana (Farmácia) e Laís (Odontologia). São carreiras bem diferentes da mãe, mas direcionadas pelo princípio da ética, como ela garante.

Com uma jornada pelo jornalismo que dura mais que três décadas, não seria incomum saber dos valores da categoria que foram desenvolvidos também na educação dos filhos: “A ética, na concepção de se trabalhar sempre com a verdade, é o que eu sempre coloco em pauta. Eu repassei para os meus filhos essa proposta, de ser verdadeiro, não levantar falso testemunho, não fazer juízo de valor e principalmente de checar muito o seu pensamento antes de qualquer tipo de opinião”.

TEXTO: Jonathan Silva (5º semestre – Jornalismo/UNI7)
FOTOS: Acervo pessoal

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