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LGBT+: Jornalista debate normalização das relações homoafetivas na mídia

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Alunos da UNI7 conversaram com Emerson Maranhão sobre a importância de sexualizar o segmento na mídia, como os temas que trata na Cena G

O papel dos meios de comunicação na construção de uma cultura não discriminativa em relação à cena LGBTTQQIAAP. Este foi enfoque do encontro com o jornalista Emerson Maranhão, do jornal O Povo, na manhã desta terça-feira, 24, na UNI7 – Centro Universitário 7 de Setembro. Maranhão conversou com os alunos da disciplina de Webjornalismo, do professor Magela Lima.

Em 12 anos de existência do espaço Cena G, no jornal O Povo, Maranhão mostrou que durante este tempo foi importante sexualizar o segmento. Segundo ele, a mídia assexualizava os membros das comunidades LGBT, para que elas se encaixassem nas regras de moral e bons costumes da sociedade.

Hoje, as letras que compõem o movimento pela diversidade sexual são LGBTTQQIAAP (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, transexuais, queers, questionadores, intersexuais, assexuais ou aliados – simpatizantes – e pansexuais).

Alunos tiveram a oportunidade de tirar suas dúvidas com o jornalista

Foi discutido principalmente o papel da mídia na normalização das relações LGBT. Segundo o jornalista, em 1998, ainda era possível ver uma onda de estranhamento à normalização das relações LGBT vindo até mesmo de progressistas. Hoje, apesar da nova onda de conservadorismo que cresce no país, é possível ver um avanço. É necessário, porém, um cuidado ao estabelecer um ponto de partida ao falar sobre esses segmentos.

Perguntado sobre como trabalhar com jornalismo da Cena G, em um jornalismo macro, Émerson frisou que “o que interessa é o tratamento que damos a cada segmento”. Em relação aos ataques preconceituosos que recebe, Maranhão finalizou afirmando que já foi muito reativo, mas que, atualmente, principalmente na internet, não lê mais estes tipos de comentários.

Para a aluna de jornalismo Victória Franco foi esclarecedor mostrar o ponto de vista do jornalista, que trabalha num meio de comunicação e aborda um tema ainda polêmico e mal visto por algumas pessoas da sociedade. “As pessoas reclamam de que é muito liberal para os conversadores, ou mesmo que ‘é leve demais’ para os membros da comunidade LGBT. É bom saber como é essa realidade e mostrar como a Cena G pode ajudar as pessoas a descobrirem seu espaço no mundo. Foi muito bom ter a visão de quem publica a notícia”, disse Victória.

 

Texto: Iara Castro (5º semestre – Jornalismo/UNI7)

Fotos: Lucas Mota

 

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