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LEVEL UP: Debate sobre fake news destaca papel educativo do jornalismo

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Boatos, redes sociais, além de aspectos legais foram outros temas debatidos no painel da Semana da Comunicação

Para o jornalista e colunista de política do jornal O Povo, Érico Firmo, fake news é uma expressão nova para falar de algo muito antigo: notícias falsas. O convidado dividiu espaço com Miguel Macedo, jornalista e professor do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7), para falar sobre o assunto nesta quarta-feira, 26, no terceiro dia da Level Up – Semana da Comunicação, na UNI7. O encontro foi mediado pelo professor Magela Lima, coordenador do curso de Jornalismo.

Érico destacou a atitude do público consumidor de informações, que muitas vezes, quer acreditar em fake news. Principalmente no atual momento político, muitas pessoas não querem buscar a veracidade das informações sobre determinado candidato, apenas difundi-la, de acordo com o jornalista, que ainda complementou: “As pessoas mentem porque querem tirar proveito da mentira, sobretudo na política”. O colunista político disse que a prática do boato é antiga e foi potencializado pelas redes sociais.

Já Miguel, apontou números para falar sobre o tema. Segundo os dados apresentados por ele, de uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), 12 milhões de brasileiros já compartilharam notícias falsas, com consciência plena do que faziam, e que o whatsapp é o maior promotor desse compartilhamento. Ainda segundo o professor, pesquisas feitas por jornalistas e especialistas políticos projetam um maior lançamento de notícias falsas entre 4 e 7 de outubro, reta final do período de campanha eleitoral no país.

Tanto Érico, como Miguel, concordam que é necessária haver educação voltada para os meios de comunicação, com o intuito de orientar a população a lidar com as notícias. “A gente trata informação, ainda, como se fosse um bebedouro no deserto, sendo que a gente vive no meio de um dilúvio e a gente (jornalistas) devia estar ensinando as pessoas a nadar”, destacou Érico, falando sobre o papel educativo do jornalismo.

Já o professor chamou atenção para as diferenças conceituais entre midiativismo e jornalismo, que despontou no país, ainda em 2013. Disse também que notícias falsas, ciberbullying e a falta de privacidade são elementos que ganharam escala nacional na internet. E ressaltou que tramitam no Congresso Nacional 26 projetos de lei que visam combater a propagação das fakes news.

Os três jornalistas citaram, ainda, alguns exemplos de fake news que envolveram a imprensa fortalezense e testaram os principais veículos de comunicação da cidade. “Fake news não é debate de jornalistas. É debate de mentirosos e quem acredita nas mentiras. No meio disso tem os jornalistas”, disse Érico Firmo.

“Fake news não é debate de jornalistas. É debate de mentirosos e quem acredita nas mentiras. No meio disso tem os jornalistas”, declarou Érico Firmo

O aluno Danielber Noronha, estudante do 7° semestre do curso de jornalismo, levou à discussão, o papel das redes sociais como maior difusor das fake news atualmente. Complementando a opinião do aluno, Érico falou sobre a capacidade de todo mundo produzir e reproduzir conteúdo, e isso, multiplicar as possibilidades de falsas notícias. “As redes sociais transformam as fake news em bombas atômicas nas mãos das pessoas”, alertou.

Magno Stedile, aluno do 4° semestre de Publicidade e Propaganda, disse que o debate sobre fake news é a sua própria importância. Falar sobre o tema, para ele, é apontar caminhos sobre a verdade e é necessário para ele, como estudante de comunicação. Ao final da palestra, Magno foi contemplado no sorteio de um exemplar do livro Jornalismo em Tempo de Pós-Verdade (Ed. Demócrito Dummar) que tem Érico Firmo como um dos autores.

TEXTO: Vitória Barbosa (3º semestre – Jornalismo/UNI7)
FOTOS: Matheus Abrahão (3º semestre – Jornalismo/UNI7)

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