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FORTALEZA 291: Do interior a capital, em busca de melhor qualidade de vida

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Já se passaram 43 anos desde a chegada de Gutemberg à capital cearense, e sua principal saudade é o clima de segurança dos tempos de outrora

O ano era 1974. Gutemberg Figueiredo, cearense, acompanhado de sua família e mais 7 irmãos, partiam de sua cidade natal, Senador Pompeu, com destino a Fortaleza. “Tentar a vida” era o motivo que os traziam para cá.

Gutemberg tinha 14 anos quando chegou em Fortaleza. Ele começou sua carreira como datilógrafo em Senador Pompeu, por meio de um curso, feito na cidade. Sem conhecer Fortaleza e com poucos parentes na capital, o primeiro lugar que Gutemberg passou a residir foi na Rua Francisco Sá, no bairro Carlito Pamplona, próximo a um parente da família.

Para dar continuidade aos estudos, ele e os irmãos passaram a frequentar a Escola Educandário Casimiro de Abreu. Lá, Gugu, como é conhecido, teve a primeira oportunidade de trabalho, datilografando provas e documentos para a escola, aos 17 anos.

Com o passar do tempo, ele fala, orgulhoso, que se tornou amigo da cidade. “Fortaleza foi a cidade em que me encontrei. Cheguei aqui sem conhecer nada e nem ninguém. Hoje, não sinto dificuldade para ir em lugar nenhum. Conheço tudo e as pessoas me conhecem também”, diz com um sorriso largo.

E, de fato, as pessoas o conhecem. É que Gutemberg, há 32 anos no jornal O Povo, trabalhou, parte desse tempo, representando o jornal em solenidades e eventos. “Sempre me senti honrado quando era convidado para representar o O Povo. Até porque, você passa a ser mais conhecido, a ser chamado pelo nome. E, logo eu, que não sabia nada dessa cidade”. Hoje, ele atua como assistente de multimídia da empresa, na edição de vídeos para o jornal.

“Fortaleza foi a cidade em que me encontrei. Cheguei aqui sem conhecer nada e nem ninguém. Hoje, não sinto dificuldade para ir em lugar nenhum” – Gutemberg Fugueiredo

Barra do Ceará: tenho saudades

“Lembro muito da praia da Barra do Ceará, quando íamos meus amigos e eu. É um lugar lindo. Nós atravessávamos de barco, porque não tinha a ponte ainda. E, olha, tínhamos o horário certo para voltar, porque no final da tarde, as canoas paravam”, rememora Gutemberg, ao lamentar que fazer um programa como este hoje, já não é possível, por conta da insegurança.

Gutemberg Fugueiredo e Lúcio Brasileiro (Foto: Arquivo Pessoal)

Até o final da década de 1980, Gugu conta do clima de tranquilidade que a cidade vivia. Ele recorda que as pessoas andavam sem ter receio. Se locomoviam de ônibus sem ter a preocupação de sofrer algum dano. Para ele, nesta época, “não se tinha medo, por exemplo, de ir ao Centro a pé”. A visão de Gutemberg sobre a insegurança da cidade consolidou-se quando foi assaltado.

Embora ame a cidade, para fugir da insegurança e até mesmo da correria, ele opta por visitar regiões do interior em alguns fins de semana. Mas, quando fica em Fortaleza, um lugar certo para encontrá-lo é no Raimundo do Queijo. Ele explica que lá se pode encontrar desde o prefeito, até juízes, delegados e inclusive seus amigos, motivo pelo qual sempre está no local.

 

 

 

Brena Gomes

8º semestre

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