CULTURA: Projetos buscam valorizar o artesanato na cidade de Maranguape

Cadastro de artesãos, oficinas de arte e oferta de cursos são algumas das atividades oferecidas na cidade

Claudia Macambira, secretária executiva, e Marilac Viana, presidente da Tangartes

Além de ser conhecida como a terra do humorista Chico Anysio, o Município de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, é referência na produção de artesanato. O trabalho desenvolvido por artesãos locais é destaque, assim como os projetos promovidos na cidade, que buscam incentivar e valorizar a cultura regional, gerando emprego e renda.

A atividade conta com o apoio da Tangueira Sítio das Artes (Tangartes), ONG que promove trabalhos sociais, fortalecendo o artesanato do município. O centro de referência artística funciona desde 2015, em um casarão particular, construído em 1832. “O local é tombado pelo patrimônio histórico municipal e faz parte da história de Maranguape”, ressalta Marilac Viana, presidente da Tangartes. “Realizamos estudos sobre a comunidade a qual estávamos inseridos e percebemos o potencial das famílias para o artesanato”, completou. O local se disponibiliza a ajudar artesãos na distribuição e comercialização de produtos, fazendo com que as famílias não se distanciem do artesanato.

O trabalho social realizado gera oportunidades para a população e conta hoje com 22 artesãos cadastrados, que expõem seus trabalhos na loja que funciona no sítio. Para divulgar os trabalhos, a direção realiza feiras mensais e recebe visitas de grupos turísticos até de fora do país, como explica a secretária executiva Cláudia Macambira. “Já recebemos grupos de fora, como da Holanda e da Argentina que vieram conhecer o nosso trabalho”, disse a secretária. A ONG também realiza oficinas para a comunidade, além de obter parcerias com escolas e com centros de assistência social.

O município também conta com outro projeto, o Maranguart. Coordenado pela Prefeitura Municipal de Maranguape, busca dar continuidade à tradição do artesanato na cidade, por meio de cursos e escolas de arte. A artesã Célia Silva, 58, trabalha com pinturas e destaca o incentivo local ao artesanato desde muito cedo. “Aprendi a fazer artesanato com oito anos. Estudei na escola de arte do município. Agora estou fazendo cursos e me atualizando mais”, afirmou artesã.

Para o artesão João Soares, 51, que produz peças em madeira, o artesanato representa uma paixão. Ele explica que iniciou a atividade como hobby, ainda na infância montando caminhões. “Trabalhar com a madeira é algo que me faz bem, principalmente quando estou buscando formas”. Já a artista Gerliane Fernandes, 35, destaca a importância dos projetos em curso na cidade. “É um trabalho muito importante para todos, não só porque dá oportunidades, mas também pelo fato de gerar amizades”, ressaltou.

Dyego Viana
3º Semestre