CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS] Alunas de Jornalismo da Fa7 encaram desafio de estudar no exterior

Angélica e Jéssica sempre estudaram juntas, até mesmo quando decidiram trocar a graduação em Engenharia Elétrica pelo Jornalismo. Na foto, as amigas estão acompanhadas do professor de Fotografia da Fa7, Jari Vieira. (Foto: Arquivo pessoal)

O destino uniu duas amigas na adolescência. Por algum tempo, seguiram juntas na formação estudantil, frequentando as mesmas instituições de ensino. Este ano, as duas amigas dão um passo decisivo para o futuro profissional de cada uma.

Angélica Oliveira e Jéssica Esther, estudantes do 3º semestre do curso de Jornalismo da Faculdade 7 de Setembro (Fa7), foram selecionadas pelo programa de intercâmbio estudantil do Governo Federal, Ciência Sem Fronteiras (CSF), para cursar um ano de graduação sanduíche – modalidade em que o aluno cursa um período em uma universidade estrangeira – em universidades dos Estados Unidos da América (EUA). Angélica estudará na Universidade Hofstra, localizada em Hempstead, Nova York, e Jéssica, na Universidade de Missouri, em Columbia. Por incrível que pareça, essa é a primeira vez, em anos, que as garotas estudam separadas.

No Ensino Fundamental, Angélica e Jéssica passaram estudando juntas no Colégio Militar de Fortaleza. No 2º ano do Ensino Médio, ganharam bolsa de estudos no colégio Master, onde permaneceram até passar no vestibular da Universidade Federal do Ceará (UFC), para o curso de Engenharia Elétrica.

Na UFC, se estabeleceram durante um ano, até que perceberam que não tinham feito a escolha profissional certa. Foi aí que decidiram abandonar as Ciências Exatas e seguir para uma nova jornada, agora, no campo da Comunicação Social, mais especificamente no curso de Jornalismo da Fa7.

O sonho das alunas, porém, era muito maior do que apenas cursar Comunicação Social. Elas queriam estudar no exterior. Nos Estados Unidos, se possível. Queriam adquirir novos conhecimentos e entender as técnicas de produção jornalística norte-americana.

A oportunidade de realizar o sonho surgiu quando Angélica Oliveira leu um anúncio do programa Ciência Sem Fronteiras, em maio de 2012. O CSF é e sempre foi direcionado a estudantes de graduação de Ciências Exatas. No entanto, este direcionamento não é tão evidente. “Quando me inscrevi, o edital (do programa) informava que tinha vaga para ‘indústria criativa'”, disse Angélica Oliveira. Sendo assim, a garota deduziu que a área de Comunicação Social estava de acordo com as normas estabelecidas pelo edital.

Angélica Oliveira, em entrevista ao portal Quinto Andar, dias antes de viajar para os EUA. (Foto: Rinaldo Duarte)

Quando soube da notícia da seleção, a euforia foi inevitável. “Fiquei muito feliz, principalmente porque a universidade para a qual estou indo agora está entre as oito que indiquei na inscrição”, conta Angélica. E destaca: “Vai ser muito importante estar em contato com o modo de fazer jornalismo nos EUA. Desde o primeiro semestre, aprendemos que o lead e a pirâmide invertida, por exemplo, vieram do modelo norte-americano”.

Ao ser questionada sobre os meses que vai passar longe da melhor amiga e também selecionada para o intercâmbio, Jéssica Esther, Angélica é categórica: “Não sei o que vai ser da minha vida [risos]”.

Ciência Sem Fronteiras

O programa Ciência Sem Fronteiras é uma iniciativa do governo brasileiro, em parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo é internacionalizar a ciência e a tecnologia por meio da concessão de 101 mil bolsas de estudo para intercâmbio estudantil. De acordo com dados recentes divulgados pelo MEC, mais de 1,5 mil estudantes cearenses já foram beneficiados pelo programa.