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Democratização da comunicação no Brasil: mais do que necessária, é urgente!

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A luta pelo direito à liberdade continua.

Falar em democratização é falar de liberdade. Esta surge de algo que cerca, cerceia. Conquistamos nossa liberdade à medida que conhecemos seus contrapontos. Redescobrimos sua necessidade dia após dia – afinal, não sabemos de tudo. Saber é importante, e todos deveríamos ter o direito de saber das coisas, não? É aqui que entra a chamada ‘’liberdade de informação’’, que garante que um indivíduo receba/troque informação com o outro. E, para que a informação chegue, é preciso termos assegurada nossa ‘’liberdade de expressão’’ – o direito que um indivíduo tem de manifestar-se livremente, desde que não atente a moral e a integridade física de outro indivíduo.

Tanto a liberdade de informação, quanto a liberdade de expressão, existem para reafirmar que nós, pessoas ‘’livres’’, temos o direito de receber e produzir comunicação. Porém, há algo no meio: de fato, o MEIO, a MÍDIA! O que está entre a informação “criada” e a informação recebida. Entre cada um de nós. Tendo o produtor, o meio e o receptor livres diante do fluxo da informação, podemos conquistar a Liberdade de Comunicação. Porém, não vivemos em um mundo livre.

Mas queremos falar. Queremos falar o que quiser. E falar para quem quisermos. Para quem quiser nos ouvir, e, assim, poderá nos encontrar. Queremos ouvir. Ouvir o que quiser, de quem quisermos. De quem quiser nos falar e que vamos poder encontrar. Nisso, reside a verdadeira liberdade e a democracia da comunicação. E sem a democratização da comunicação, não há democratização da sociedade. É uma forma simples de sintetizar o que são os direitos civis e políticos, ou seja, apontar o que o Estado não deve fazer contra a pessoa humana: torturar, proibir o direito de ir e vir, de manifestação política, de reunião e de opinião. É época de reestruturação e de aprimoramento dos Direitos Humanos.

O século chegou, e os tempos da comunicação mudaram. A onda agora é ampliar, contagiar, informar. No Rio de Janeiro, o INTERVOZES se soma aos anseios de construção de um País em que a comunicação não seja um ambiente monopolizado. E, aqui, no Ceará, em 18 de Outubro, comemora-se o Dia Nacional de Luta pela Democratização da Comunicação. Tais movimentos só reforçam a necessidade de diversidade e pluralidade, a busca por uma sociedade mais justa, solidária e igual.

Diante desta reflexão, é aceitável que o mesmo dono possa ter rádios, TVs, jornais e revistas? Ou seja, quem manipula as informações que chegam até nós? Não há como comunicar sem popularizar! A própria natureza colaborativa pode estabelecer esse ambiente de autogestão de credibilidade.

Monopolizar é limitar o indivíduo no momento em que ele mostra sua força como indivíduo. Incentivar e lutar pela liberdade de comunicação é criar uma forma inédita para a produção, a compreensão e a discussão da informação. E se hoje a informação é o poder, nunca ela esteve tão próxima de nós, livre e democraticamente. Não vamos, agora, abrir mão disso.

Juliane Nadja
1º semestre, Jornalismo

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