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Eleições: Brasil tem alto número de partidos e ideais são desconhecidos

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Com 32 partidos políticos, ideologias não são conhecidas pelos eleitores

Partidos políticos do Brasil. (Reprodução/Tribunal Superior Eleitoral)

Neste domingo, 2, os brasileiros voltam às urnas para decidirem, através do voto direto, o novo presidente do país. Além do presidente da República Federativa do Brasil, que pode ser eleito em primeiro turno, ou no segundo turno, também vão ser escolhidos governadores, senadores, deputados federais, estaduais ou distrital ( no caso do Distrito Federal). Mais de 156 milhões de eleitores, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),  estão aptos a votar nessas eleições, exercendo através do voto, os direitos e os deveres de cidadão. 

No Brasil, segundo o “Educa + Brasil”, o regime democrático voltou a ser instaurado no país em 1985, após 21 anos de ditadura militar. Por democracia entende-se o governo onde o povo exerce a sua soberania.

O site “Toda Matéria” mostrou que, durante o mandato do presidente  José Sarney (PMDB), a Assembleia Constituinte foi convocada e elaborou a Constituição de 1988, que contemplava a liberdade de voto, de expressão e apresentava um sistema de eleições livres. Em 1989 o país pôde eleger o presidente por eleições diretas. Naquela eleição, Fernando Collor de Mello, filiado ao Partido da Reconstrução Nacional, saiu vitorioso. 

Quando o assunto é partido político, o Brasil se destaca em quantidade de partidos. Segundo levantamento publicado em 2016 pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, o Brasil tem o maior número de partidos com força política na Câmara em um conjunto de 110 países monitorados.

De acordo com informações do site do TSE, o território brasileiros conta com 32 partidos registrados: 

MDB (Movimento Democrático Brasileiro)

PTB (Partido Trabalhista Brasileiro)

PDT (Partido Democrático Trabalhista) 

PT (Partido dos Trabalhadores)

PSB (Partido Socialista Brasileiro)

PL (Partido Liberal) 

PROS (Partido Republicano da Ordem Social) 

DC (Democracia Cristã) 

PCdoB (Partido Comunista do Brasil) 

PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) 

Agir (Agir) 

PSC (Partido Social Cristão) 

PMN (Partido da Mobilização Nacional) 

Cidadania (Cidadania) 

PV (Partido Verde) 

Avante (Avante)

PP (Progressistas) 

PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) 

PCB (Partido Comunista Brasileiro)

PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) 

PCO (Partido da Causa Operária) 

PODE (Podemos)

Republicanos (Republicanos)

PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) 

PSD (Partido Social Democrático) 

Patriota (Patriota)

Solidariedade (Solidariedade) 

Novo (Partido Novo)

Rede (Rede Sustentabilidade) 

PMB (Partido da Mulher Brasileira) 

UP (Unidade Popular) 

União (União Brasil). 

Arte: Bernardo Barros.

Em linhas gerais, pode-se afirmar que os partidos representam diferentes ideologias e convicções políticas existentes na sociedade, reunindo, como seus filiados, cidadãos adeptos à sua corrente de pensamento. De acordo com Antônio José Barbosa, professor de História Política da UnB (Universidade de Brasília) “Esses partidos acabam não tendo densidade doutrinária alguma. Os próprios parlamentares não conhecem o programa do partido. Embora existam partidos pequenos, a grande maioria entra para ganhar dinheiro, obter fundo partidário, negociar tempo de televisão. Isso apenas fragiliza a democracia brasileira”. (Fonte G1)

Na visão do estudante de Direito,Victor Nascimento,  a quantidade de partidos políticos hoje no Brasil é considerada “boa”, porque representa a liberdade de expressão, o pensamento político e promove o exercício da democracia. Quanto ao impacto social desse numero para a sociedade, Victor enxerga como sendo mais para um lado bom, mesmo que a diversidade não seja explorada em seu máximo. “Acredito que traga mais impactos positivos, […] mas também acredito que esses impactos estão longe de seu potencial máximo, tendo em vista que a pluralidade partidária poderia ganhar mais força no período eleitoral, porém o cenário que sempre se desenha é uma polarização em duas ideologias”, disse. 

O estudante de direito afirma ter o hábito de decidir seu voto próximo ao dia de votação visto que consegue explorar os ideais e propostas dos candidatos e dos partidos que estes representam. Sobre as propostas dos partidos políticos, Victor afirma não ter conhecimento sobre elas e que tem a sensação de que os partidos não estão lançando ideais, e sim  pessoas. “Isso é um ponto negativo, ao meu ver, pois nos faz votar em carisma e identificação ao invés de quesitos técnicos, como a capacidade de gestão”, disse.

Lucas Monteiro, estudante de Jornalismo, afirma ter conhecimento da quantidade de partidos políticos no país, e na sua visão, esse número é considerado “anormal”. “Não tem cabimento e vira qualquer coisa, menos uma coisa coesa. Dividindo mais que unindo o povo”, disse. Segundo o estudante de jornalismo, essa quantidade pode trazer impactos negativos com relação às propostas dos partidos. Segundo Lucas, apenas alguns partidos, considerados por ele como proeminentes, têm as propostas conhecidas por ele.

Monteiro afirma que sempre pesquisa sobre o partido ao qual seu candidato faz parte, mas em geral sua escolha vem da empatia gerada entre os candidatos.

Com relação às pesquisas sobre os candidatos e os partidos escolhidos pelos entrevistados para as eleições deste domingo, eles afirmaram que vão analisar mais a fundo sobre em que pretendem votar.  

Texto: Bernardo Barros e Fernanda Aparecida (Jornalismo / UNI7)

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