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VERBA: Ceará recebe cerca de R$100 mi para produção de algodão

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Texto: Lilian Cardoso (5º semestre / UNI7) e Clarice Carvalho (5º semestre / UNI7)

Plantação de algodão / Foto: Pexels

A economia cearense de algodão foi favorecida com investimento de aproximadamente R$100 milhões. O montante vem do produtor mato-grossense Gianni Brunetta e será destinado à aquisição de maquinário, tratamento do solo e desenvolvimento de novas áreas de cultivo, com o objetivo de transformar o Ceará em um polo estratégico na produção do segmento no Brasil.

Com o aporte, o governo estadual, em parceria com entidades do setor agrícola, planeja ampliar o projeto Algodão do Ceará, uma parceria tripartite que envolve o governo, a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae-CE) e outras instituições de pesquisa e do setor privado.

O foco é revitalizar a cotonicultura, cultura do algodão, no Estado. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, afirmou durante o 14º Congresso Brasileiro do Algodão, realizado em Fortaleza na terça-feira (3), que a movimentação busca reposicionar o Estado como um importante produtor de algodão no país. Ele destacou que a iniciativa objetiva aproveitar as condições climáticas e o solo favorável da região para aumentar a produção e a competitividade no mercado.

Fortalecer economia local
Com o apoio do projeto, o governo espera fortalecer a economia local e criar oportunidades de emprego e desenvolvimento sustentável na área rural. Durante o encontro, um dos temas centrais discutidos foi o enfrentamento a interferências entre seres de espécies diferentes, causados por fatores como seca, radiação solar e mudanças atmosféricas, que representam desafios significativos para a expansão da cotonicultura na região.

A relevância dessa iniciativa se intensifica com o recente destaque do Brasil na liderança das exportações de fibra de algodão, ultrapassando os Estados Unidos e Austrália, o que posiciona o país estrategicamente no mercado global.

A meta de liderança, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi superada antes mesmo do encerramento da safra 2023/2024 (julho de 2023 a junho de 2024), de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). 

Com a expansão das áreas de cultivo, a gestão estadual espera criar milhares de postos de trabalho diretos e indiretos, contribuindo para a revitalização econômica de municípios cearenses.

Uma das alternativas para se tornar o principal porto de exportações do algodão da região do Matopiba é o Porto de Fortaleza, que possui uma capacidade de movimentar cerca de 6 milhões de toneladas de contêineres e se destaca pela sua viabilidade de expansão, mesmo já movimentando uma ampla variedade de produtos, como carvão, ferro, aço, frutas, grãos e fibras. 

Histórico no Ceará
Conhecido como “ouro branco”, o algodão cearense ganhou destaque e impulsionou, durante muitos anos, a economia agrária do estado, gerando riqueza e desenvolvimento nas regiões do sertão. As plantações se espalharam rapidamente e o cultivo passou a ser uma atividade de grande importância social e econômica, conquistando o mercado internacional.

No início do século XX, o algodão era uma importante fonte de renda para o Ceará, sendo cultivado amplamente por pequenos agricultores. Contudo, a produção enfrentou desafios como pragas e instabilidades climáticas. A situação se agravou nos anos 1980 com a incidência do bicudo-do-algodoeiro, levando a uma queda acentuada na produção e à reorientação das atividades agrícolas no estado.

Nos últimos anos, o cultivo de algodão no Ceará tem passado por uma renovação, graças às novas tecnologias, técnicas agrícolas mais avançadas e programas de incentivo governamentais. Além disso, cooperativas agrícolas têm desempenhado um papel essencial na reorganização da cadeia produtiva.

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