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JORNALISMO DE SAÚDE: Um mergulho na cobertura de temáticas da medicina

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Uni7 Informa

Apresentando o programa Saúde e Prevenção na rádio Universitária FM, Fred Miranda é um dos nomes de referência na cobertura da área médica no Ceará

Escolher o jornalismo foi questão de princípios. Aos quase 61 anos de vida, Fred Miranda explica que o despertar para a profissão se consagrou no período do golpe militar de 64. “Uma geração que conviveu drasticamente e, de forma incisiva, com a ditadura militar. Todos tinham ambição de melhores tempos”.

A proximidade com os meios de comunicação ajudou Fred a trilhar os caminhos da informação. “Reza lenda, que meu avô foi um dos fundadores do jornal O Povo”. Mas, a necessidade de poder se expressar foi o estímulo. “Foi tirado esse direito essencial de livre expressão durante a ditadura, coisa que atualmente ainda existe, mesmo o Brasil passando pelo processo que está passando diante desse desgoverno. Fui influenciado pela época, cultura dos anos 60 e 70 e acabei fazendo vestibular para o curso de comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC)”.

Apesar de não ter especialização profissional, o jornalista possui um vasto conhecimento na área da saúde

A carreira jornalística teve início quando ainda estava na academia. “Quando me formei, já trabalhava na Rádio Universitária. Foi feito um concurso pela fundação que mantinha e ainda mantém a rádio. Então, eu e o outro jornalista passamos. Acabei me formando e não saí da academia”.

Os caminhos foram se moldando naturalmente e a segmentada área da saúde escolheu e foi recebida de braços abertos. “Eu não escolhi. As coisas foram acontecendo. Trabalhei initerruptamente na área e com isso você vai ficando com verbos muito específicos sobre aquilo que você faz em seu cotidiano”. Sua primeira experiência foi na Associação Médica Cearense (AMC). “Mas, antes disso, já fazia e editava o jornal do Conselho de Medicina, em 1988”.

A desenvoltura do jornalista com o assunto não se deu por uma especialização profissional, mas, sim, pelo interesse de buscar conhecimento. “Como leio muita literatura médica e ligada à área da saúde, passo a entender muito mais. Não tem nada de segredo ou talento, quando você passa a fazer uma coisa sempre. Passa a ser sua praia e você mergulha nas ondas com mais desenvoltura”.

Fred explica que o gosto por ciências médicas foi acontecendo naturalmente. Passou a estudar mais, a ter livros sobre morfologia, funcionamento do corpo humano e tudo que é ligado à área médica ou saúde. “Era assinante de uma revista científica voltada para pesquisa, então, passei a lidar com esse tipo de terminologia”.

O gosto por ciências médicas foi acontecendo naturalmente

O programa em que trabalha atualmente na Rádio Universitária FM, da Universidade Federal do Ceará (UFC), Saúde e Prevenção, já o recebeu com uma boa bagagem. Já tinha uma leitura muito segmentada e voltada para diversos assuntos da área da saúde e medicina. “Acabou, então, virando um lugar comum e, naturalmente, passei a ter uma linguagem mais especifica porque estava lidando com isso no meu dia a dia profissional”.

A morte de uma amiga jornalista, de câncer, o despertou para necessidade de mudanças na grade do programa. Já fazia um programa para o Grupo de Comunicação e Estudos de Oncologia da UFC, que tem como coordenador e mentor o professor Luiz Porto, que é oncologista, mas que não fugia muito do jornalismo nitidamente noticioso e informativo. Depois da morte de sua amiga, disse: “Vamos tentar diminuir a falta de informações e fazer com que as pessoas fiquem a pulga atrás da orelha, despertem a curiosidade e o cuidado para prevenção”.

As mudanças ocorreram e a informação passou a chegar de uma forma mais clara ao ouvinte. “Foi a partir dessa drástica morte que venho fazendo isso há 14 anos. São dezenas de programas e as únicas coisas que me orgulho é ser pai de três filhos e o rádio, que tanto me dá”. Às quartas-feiras do jornalista Fred Miranda passaram a ter outro significado após o programa Saúde de Prevenção. “Já durmo e acordo bem”, finaliza.

Trabalhar com as macropolíticas de saúde no Brasil exige maior atenção. “Você tem acesso a informações que outras pessoas não têm, então sua preocupação é muito maior. Você fica plugado 24 horas, observando como as coisas acontecem, como as pessoas se comportam. É um aprofundamento maior do saber”, conclui Fred.

Para conferir a entrevista, clique na imagem abaixo.
Imagem de Amostra do You Tube

Serviço:
Saúde e Prevenção
Horário: Segunda-feira: 14h às 14h30
Rádio Universitária FM – 107,9

Texto: Gerliane Viana e Lya Alves (7º semestre/Jornalismo/UNI7)

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