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TATIANA FORTES: Os desafios de atuar em diferentes editorias

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Entrevistas, Video

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De esporte à política, a jornalista e fotógrafa concilia as obrigações do cotidiano de um jornal, com os prazeres pessoais

Tatiana começou a carreira atuando na produção de TV, antes mesmo de ingressar na faculdade (Fotos: Felipe Gomes)

Tatiana começou a carreira atuando na produção de TV, antes mesmo de ingressar na faculdade (Fotos: Felipe Gomes)

Formada em Jornalismo pela Faculdade 7 de Setembro (FA7), Tatiana Fortes logo enveredou pelo caminho da fotografia. Com um olhar particular sobre as coisas do cotidiano, ela ressalta, em entrevista ao Quinto Andar, que gosta de se sentir desafiada no momento de capturar uma imagem.

A trajetória da jornalista é pouco comum. Antes mesmo de ingressar na faculdade, já atuava na produção de TV, fato que ela afirma tê-la ajudado a desempenhar melhor suas atuais funções no jornal. Como fotógrafa do O Povo, Tatiana também tem atuado na produção e edição de vídeos e webdoc’s.

Quinto Andar – Você tem atuado em diferentes editorias no jornal, existe alguma de que mais gosta? E quais as diferenças, do ponto de vista da técnica, que devem ser observadas ao se fotografar para cada uma dessas diferentes editorias?
Tatiana Fortes: Aqui, no jornal, assim como em todo o Ceará, você não atua em uma única editoria, mas sim, fotografando para todas. No meu caso, trabalho em um horário que cobre um pouco de tudo. Quanto à diferença, acredito que seja meramente técnica, mas é claro que tem que conhecer um pouco sobre o que está fotografando, até porque sua foto não vai funcionar se o fotógrafo não estiver por dentro do que está acontecendo dentro daquele determinado assunto.

QA – Atualmente com a necessidade de se criar produtos convergentes, o jornalista precisa lançar mão de diversas habilidades que até então não eram exigidas. Você tem se destacado nesse novo cenário. Como tem sido sua experiência com vídeos?
TF: Hoje, não somos mais apenas repórteres fotográficos, o tempo inteiro somos sugeridos a produzir imagens e a trabalhar os “docs” que o jornal tem produzido. A partir do momento em que a gente passa a fazer isso, deixa de ser apenas um fotógrafo. Não é mais só aquela coisa da imagem. Entra um pouco do repórter mesmo. No horário em que eu trabalho (16h às 22 horas) muitas vezes saio só, então, sou eu que faço as fotos, as entrevistas e as imagens. Acredito que hoje o repórter fotográfico deixou de ser aquele profissional que faz exclusivamente fotos, e, principalmente, deixou de ser um profissional que faz fotos baseadas, apenas, na factualidade. Acho que hoje, cada vez mais, temos produzido um material mais frio, de gaveta, e melhor produzido.

Além de fotografar, a jornalista tem atuado na produção de Webdoc para o jornal O Povo (Fotos: Felipe Gomes)

Além de fotografar, a jornalista tem atuado na produção de Webdoc para o jornal O Povo (Fotos: Felipe Gomes)

QA – No momento atual a fotografia passa por transformações. As redes sociais mudaram a forma de se fazer e obter uma imagem. Como você enxerga esse movimento sob a ótica do fotojornalismo?
TF: Pois é… Tem gente que fala muito mal dessa coisa de todo mundo ter virado um fotógrafo, mas eu não penso dessa forma. Penso que as informações mudaram e população está tendo mais participação na construção dessas informações. Aqui mesmo no jornal, você vê, vez ou outra, publicada uma foto que foi mandada pelo WhatsApp. Isso é bacana, agrega. Acho que será cada vez mais desafiador para nós, no sentido de tentar produzir coisas melhores, mas, principalmente, de estar mais atento para os momentos em que não estiver no jornal. Enfim, essa chegada da população é bacana, é bem-vinda e tende a aumentar. Não consigo ver isso como algo ruim.

QA – Tomando o atual cenário como referência, como você enxerga a profissão de fotojornalista daqui a alguns anos?
TF: Acredito que cada vez mais nós vamos ser cobrados para produzir o maior número possível de conteúdo. Vamos ter que continuar a produzir esses vídeos e, inclusive, com maior frequência. Deixaremos de ser simples capturadores de imagens e passaremos a ser uma espécie de diretores de um produto. Tem que entender mais de edição e ter habilidades, do que um documentarista, mais voltado para o cinema mesmo, tem. Vai ser como se tivéssemos que agregar mais produtos para dentro de um só trabalho.

Imagem de Amostra do You Tube

Felipe Gomes
4º semestre

 

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