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VIDA DE CORRESPONDENTE: Jornalista da Folha fala sobre sua experiência para alunos da FA7

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Jornalista da Folha de S. Paulo, Flávia Marreiro conversou a professora Edma Góis, com participação dos estudantes (Foto: Tarcísio Feijó)

Jornalista da Folha de S. Paulo, Flávia Marreiro conversou a professora Edma Góis, com participação dos estudantes (Foto: Tarcísio Feijó)

Os anos de governo chavista na Venezuela, a crise econômica argentina e os conflitos em zonas dominadas pelas FARC na Colômbia. Estes foram alguns dos assuntos abordados pela correspondente do jornal Folha de S. Paulo, Flávia Marreiro, em entrevista aos alunos do curso de Jornalismo da FA7, na noite de terça-feira (12).

Uma das mais experientes profissionais de sua geração, a jornalista foi correspondente da Folha na Argentina entre 2005 e 2006 e na Venezuela entre 2010 e 2013, período em que pode fazer importantes coberturas como a da doença e da morte de Hugo Chávez, ex-presidente venezuelano, que morreu em 5 de março de 2013.

Formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Flávia é repórter da Folha há 12 anos, onde também foi repórter de política e redatora da editoria de internacional. Recentemente, Flávia Marreiro foi jornalista-bolsista do Reuters Institute for the Study of Journalism da Universidade de Oxford (Reino Unido), onde pesquisou relações entre mídia e política em Cuba, sob o comando de Raul Castro, irmão de Fidel. O estudo deverá compor o livro em que a jornalista fala sobre o momento atual da mídia na ilha, para onde viaja pela Folha, com frequência desde 2008.

Flávia Marreiro está escrevendo um livro em que fala sobre o momento atual da mídia em Cuba, para onde viaja desde 2008 (Foto: Tarcísio Feijó)

Flávia Marreiro está escrevendo um livro em que fala sobre o momento atual da mídia em Cuba, para onde viaja desde 2008 (Foto: Tarcísio Feijó)

Da experiência na Venezuela, Flávia destacou a resistência do governo chavista e a dificuldade de conseguir contato com as fontes oficiais, fatores que interferiam cotidianamente na produção jornalística não só do jornal para o qual trabalhava, mas da imprensa em geral. Segundo a jornalista, naquele momento, havia um claro embate entre o governo e a mídia tradicional do país, o que por vezes tornava o trabalho do correspondente estrangeiro menos hóstil para o Estado.

Caio Faheina, aluno do 4º semestre, considerou importante conhecer o percurso da jornalista, natural de Belo Horizonte, mas criada na cidade de Canindé até a adolescência. “Saber que ela é daqui torna essa experiência mais próxima da gente”, disse. A entrevista coletiva, atividade programada da disciplina Jornalismo Especializado II, foi acompanhada por cerca de 40 alunos de diferentes semestres do curso de Jornalismo. “A Flávia falou de técnica, casos de cobertura dentro e fora do Brasil, e relatou curiosidades da vida de correspondente. É um exemplo que serve de inspiração para quem está em formação”, pontuou a professora Edma Góis. O vídeo, com a entrevista completa, está em fase de edição e estará disponível para os alunos no começo de setembro.

Ariadne Sousa
5º semestre

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