Notícias

SUMI-Ê: Técnica japonesa de desenho e a busca pela simplicidade em coletiva

  • Foto 1
  • Foto 2
  • Foto 3
  • Foto 5
Categoria:

Uni7 Informa

0

Apesar das pessoas lhe conhecerem mais como calígrafo do que desenhista, professor Humberto de Araújo revela que sempre esteve ligado ao universo da arte

Em sua primeira mostra, Humberto de Araújo, professor do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7) e mestre em Letras, levará ao público, seus trabalhos desenvolvidos com o Sumi-ê. Ele e mais 14 artistas formam o coletivo Vestigium, realizador da exposição de artes plásticas e fotografia intitulada Sempre pela Beira… Bordada pela Maré, que terá início nesta sexta-feira, 19, no IBEU (Instituto Brasil Estados Unidos).

A admiração e os estudos do Sumi-ê surgiram, segundo ele, por fazer relação com outro elemento da cultura japonesa que ele também pratica, o Haicai, uma espécie de poesia japonesa. Humberto relembrou que em 2014, por meio de uma oficina ministrada na UNI7 por uma colega japonesa e artista plástica, pôde ter seu primeiro contato com o material, que é todo japonês, e, desde então, as primeiras experiências com a técnica.

A palavra sumi-ê significa “pintura a tinta” em português, e consiste numa técnica de pintura em preto-e-branco originada em mosteiros budistas da China durante a dinastia Sung (960-1274). Levada pelos monges zen ao Japão a partir do século XIV, o sumi-ê tinha essencialmente temáticas religiosas que representavam elementos budistas, como o círculo, que indica o vazio interior, ou da natureza, como as rochas e a água. (Fonte: Made in Japan)

Humberto, além de professor do curso de Design na UNI7, também coordena as atividades de design editorial do NPJor (Núcleo de Produções Jornalísticas/Design) da instituição e leciona em outra faculdade. Com os três turnos, manhã, tarde e noite, ocupados pelas atividades profissionais, ele reconhece que precisa sacrificar o tempo de algumas tarefas para praticar a técnica desenvolvida neste ano, apesar de conhecê-la há mais tempo.

Para a mostra, Humberto selecionou seis trabalhos, que têm sido desenvolvidos há dois meses. Apesar de sempre estar ligado ao universo da arte, o professor disse que só voltou a desenhar por causa do filho mais novo, Miguel, de três anos. Junto à decisão de voltar a desenhar, o artista também decidiu publicar os trabalhos em sua conta no Instagram, o que lhe deu visibilidade, e o fez ser convidado a compor o Vestigium.

“Uma das coisas que mais gosto é estar experimentando técnicas novas”

Para o desenvolvimento da técnica monocromática, disse Humberto, é necessário o domínio primeiro do material, que é diferente do utilizado para desenhos ocidentais. Para ele, o controle do pincel sem esboço, fluxo da tinta e o papel japonês são essenciais. Além disso, a técnica tem como um dos objetivos a busca pela simplicidade e essência da imagem, o que a torna mais difícil, conforme ele.

O professor lembrou a importância que a mostra tem por ser fruto de um trabalho coletivo. Ele acredita que a exposição possa dar mais visibilidade ao grupo na cidade. “Espero que essa primeira exposição que estou participando sirva também para acrescentar ao coletivo que estou fazendo parte agora”, ressaltou. Além das obras do coletivo, outros artistas também foram convidados para a exporem seus trabalhos na galeria. O fotógrafo Celso Oliveira é homenageado na mostra.

Exposição: Sempre pela beira…bordado pela maré
Visitação aberta ao público: 19 de outubro a 22 de dezembro de 2018
Segunda à sexta-feira: 15h às 19 horas
Sábado – 9h às 13 horas
Ibeu Art Gallery – Rua Nogueira Acioli, 891 – Aldeota

TEXTO: Vitória Barbosa (3º semestre – Jornalismo/UNI7)
FOTOS: Humberto Araújo

Tags: , , , , , , , ,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

quatro × três =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.